Sínodo 2019: Papa inaugurou exposição sobre a Amazónia nos Museus do Vaticano

Francisco considera que beleza é fator de união e combate “distâncias e barreiras”

Cidade do Vaticano, 19 out 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco inaugurou o Museu Etnológico «Anima Mundi» e a exposição sobre a Amazónia nos Museus do Vaticano e afirmou que a beleza une e oferece aos povos capacidade de ultrapassar “barreiras e distâncias”.

“A beleza une-nos. Ela convida-nos a viver a irmandade humana, contrariando a cultura do ressentimento, do racismo, do nacionalismo, que estão sempre à espreita. São culturas seletivas, culturas de números fechados”, afirmou o Papa, esta sexta-feira, nos Museus do Vaticano.

Francisco disse que os Museus do Vaticano devem ser “um ‘lar’ vivo, habitado e aberto a todos, com as portas abertas para os povos do mundo inteiro”, onde todos “se possam sentir representados”, percebendo-se que “o olhar da Igreja não conhece execuções hipotecárias”.

O Papa quer que os Museus do Vaticano sejam entendidos como uma casa onde todos têm lugar, o “povo, tradição, cultura”, tanto “o europeu como o indiano, o chinês como o nativo da floresta amazônica ou congolesa, do ‘Alaska ou os desertos australianos ou as ilhas do Pacífico”.

Para o Papa toda a arte, também as peças etnológicas, tem o mesmo valor e “é cuidada e preservada com a mesma paixão reservada às obras de arte renascentistas ou às imortais esculturas gregas e romanas, que atraem milhões de pessoas todos os anos.

“Aqui encontra-se um espaço especial: o espaço de diálogo, de abertura para o outro, da reunião”, sublinhou.

O Papa disse que nos Museus do vaticano “milhares de obra de todo o mundo” são exibidas e, “como obras de arte”, “entrarão em diálogo umas com as outras”.

“E como as obras de arte são a expressão do espírito dos povos, a mensagem que recebemos é que devemos sempre olhar para cada cultura, para a outra, com uma mente aberta e com benevolência”, afirmou.

Os Museus do Vaticano apresentam uma exposição dedicada à Amazónia, onde se encontram “diferentes carismas” e o Papa fez votos para que o espaço “preserve a identidade específica ao longo do tempo e lembre a todos o valor da harmonia e da paz entre povos e nações”.

LS/PR

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