Padres escrevem às autoridades canadianas

Os Padres portugueses a trabalhar no Canadá vão escrever às autoridades locais devido à repatriação dos portugueses ilegais. O Pe. João Mendonça, da Missão Católica de Toronto, explicou à Renascença que desde que começaram as deportações, os sacerdotes que trabalham com os emigrantes portugueses têm acompanhado as situações “caso a caso”. Este responsável aconselha ainda aos emigrantes que sejam, no futuro, mais cuidadosos no tratamento da sua legalização. A Comissão Episcopal da Mobilidade Humana (CEMH) e a Diocese de Angra também se movimentaram junto dos Bispos do Canadá, apelando à solidariedade com todos os imigrantes irregulares seja qual for a nacionalidade e ao diálogo particular com Governo, com vista a que sejam garantidos os direitos humanos dos irregulares portugueses em processo de deportação. Segundo nota da CEMH, apelou-se ainda à criação de condições, de acordo com a lei, para que cada caso seja analisado à luz de critérios sociais e humanitários, e não apenas políticos e económicos, ao abrigo da Convenção da ONU para a Protecção dos Direitos dos Trabalhadores Migrantes e Suas Famílias, em vigor desde 1 de Julho e 2003. A exemplo dos anos anteriores, a CEMH reafirmou a pronta colaboração da equipa de sacerdotes que servem as Comunidades Católicas de Língua Portuguesa no Canadá, sobretudo, em Toronto, e lança o apelo a todas as paróquias do Continente e Ilhas para que acolham com solidariedade as pessoas e famílias “retornadas” e as ajudem nas necessidades mais imediatas relacionadas, sobretudo, com o trabalho, escola dos filhos e habitação.

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