D. António Marto fala em «calamidade», mostrando disponibilidade da Cáritas e elogiando ação dos bombeiros
Leiria, 03 set 2012 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima publicou hoje uma mensagem de solidariedade às vítimas do incêndio que lavra em Ourém desde domingo e que já provocou um morto, manifestando a sua “preocupação” perante o que classifica como “calamidade”.
“Em primeiro lugar, a minha nota de profundo pesar e condolências aos familiares e amigos da vítima mortal já registada. Sendo a vida humana o principal dos valores que defendemos, é essa a maior dimensão da tragédia e a principal consequência que lamentamos”, refere D. António Marto, num documento enviado à Agência ECCLESIA.
Um incêndio de grandes proporções atinge desde domingo uma vasta área da Diocese de Leiria-Fátima, afetando áreas de várias paróquias da Vigararia de Ourém, onde provocou o referido morto – um homem de 54 anos, proprietário de um aviário -, queimou duas casas de habitação permanente e algumas devolutas, além de destruir uma empresa de plásticos.
O bispo anuncia que a Diocese de Leiria-Fátima, através da Cáritas, contactou o presidente da Câmara Municipal de Ourém, Paulo Fonseca, “manifestando-lhe toda a disponibilidade para colaborar no apoio às vítimas, respondendo às necessidades imediatas da população local e à procura de soluções para, dentro do possível, recuperarem das perdas sofridas”.
“A mesma disponibilidade será oferecida pelos párocos e as estruturas e serviços sociais das paróquias afetadas, para que, dentro das suas possibilidades, acolham e ajudem os seus paroquianos a superar este flagelo”, acrescenta D. António Marto.
O documento lembra os que perderam as suas casas, as suas empresas, os seus terrenos e outros haveres.
“Faço um apelo do coração a todas as paróquias da Diocese, sobretudo às vizinhas, para que estabeleçam uma rede de solidariedade que torne este serviço mais amplo e eficaz”, escreve o responsável pela Diocese de Leiria-Fátima.
D. António Marto mostra ainda “gratidão e apreço” para com todos os bombeiros, empresas e instituições que se encontram no terreno, “seja no combate ao fogo, seja no apoio mais direto às vítimas”.
“Sinto e sigo com preocupação esta calamidade e quero expressar, desde já, a minha solidariedade e comunhão espiritual com todos aqueles que sofrem, de forma direta ou indireta, as suas mais terríveis consequências”, complementa.
O fogo em Ourém mobilizava às 20h20 mais de meio milhar de operacionais, apoiados por 177 veículos, segundo a Lusa.
OC