Organizações cristãs pedem mudanças nas políticas de migração e asilo na UE

Várias organizações cristãs ligadas às migrações e aos refugiados assinaram um documento conjunto em que pedem mudanças nas políticas de migração e asilo na UE. Caritas Europa, Comissão das Igrejas para a Migração na Europa, Comissão das Conferência Episcopais da Comunidade Europeia, Comissão Católica Internacional para as Migrações e o Conselho Quaker para Assuntos Europeus representam comunidades eclesiais em toda a Europa – Católicos, Anglicanos, Ortodoxos e Protestantes. No documento, apresentam 12 recomendações para uma abordagem mais “equilibrada” às novas realidades migratórias. Em primeiro lugar, as organizações defendem a necessidade de respeitar os direitos e a dignidade dos migrantes, numa perspectiva global que não se limite a “medidas restritivas”. Por outro lado, os signatários apontam o potencial “económico, social e cultural” das migrações, pedindo uma política comunitária “proactiva e holística”, que promova a integração. “O facto de as políticas migratórias restritivas contribuírem para a imigração irregular deve ser plenamente assumido”, apontam. Para estas organizações cristãs, é urgente apostar no combate ao tráfico de seres humanos, defendendo as vítimas e oferecendo-lhes soluções “seguras e a longo prazo”. Ainda nesta área, o documento exige que se abandone a prática do retorno forçado aos países de origem quando se estiver perante casos em que a pessoa permanece há 5 ou mais anos num país da UE, de forma legal. Finalmente, os signatários pedem a criação de um sistema comum de asilo que seja “coerente”, evitando que as medidas de controlo nas fronteiras venham a violar os direitos humanos fundamentais.

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