Respostas da Santa Sé Acabam de ser publicadas em italiano as intervenções do Congresso promovido pelo Vaticano sobre o tema dos alimentos geneticamente modificados. O volume, que leva por título “OGM, ameaça ou esperança?” (“OGM: minaccia o speranza?”, Editora ART), apresenta as intervenções de cientistas, agricultores, ministros e teólogos de todo o mundo reunidos em Novembro de 2003, por iniciativa do Conselho Pontifício Justiça e Paz. No final desse Congresso, os responsáveis católicos davam mostras de muitas cautelas em relação aos OGM. “O campo dos OGM não deve ser abandonado, ainda que necessite de muita atenção. É preciso continuar a trabalhar” disse então o Cardeal Renato Martino, na conclusão do encontro. A obra agora apresentada conta com uma introdução do mesmo Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, na qual se sublinha que “o domínio do homem sobre todos os outros seres vivos não deve ser despótico nem insensato; pelo contrário, deve cultivar e custodiar os bens criados por Deus: bens que o homem recebeu como um presente precioso, posto pelo Criador sob sua responsabilidade”. O livro é o último dos documentos referentes às biotecnologias, publicados por um organismo da Santa Sé. Em 1999, a Pontifícia Academia para a Vida tinha publicado um detalhado estudo sobre “Biotecnologias vegetais e animais” (Livraria Editorial Vaticana). Em Fevereiro de 2001, a Academia Pontifícia de Ciências publicou um relatório sobre “As plantas geneticamente modificadas para a produção de alimento”. O Compêndio da Doutrina Social da Igreja, publicado em Outubro passado pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz” dedica um espaço específico às biotecnologias no capítulo referente ao meio ambiente.