Ordinariato Castrense: 25 militares que seguem para a República Centro Africana peregrinaram a Fátima

«A vossa missão visa o restabelecimento da paz num cenário exigente e difícil» – D. Rui Valério

Foto Diocese das Forças Armadas e Forças de Segurança

Fátima, 12 fev 2020 (Ecclesia) – O bispo do Ordinariato Castrense afirmou hoje que a missão dos militares das Forças Nacionais Destacadas “visa o restabelecimento da paz num cenário exigente e difícil” e benzeu uma imagem de Nossa Senhora para vai para a República Centro Africana.

“Nossa Senhora de Fátima vos conserve o vosso coração puro, porque dessa vossa pureza interior resultarão ações de concórdia, de serviço, de compaixão”, disse D. Rui Valério, no Santuário de Fátima, na homilia da celebração, enviada à Agência ECCLESIA.

O bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança presidiu a uma Eucaristia, na Capelinha das Aparições, onde estavam 25 militares que peregrinaram ao santuário mariano antes de integrar a 7.ª Força Nacional Destacada (FND) para a República Centro Africana (RCA).

Na celebração foi benzida uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, que vai ser “entregue à FND que a levarão para a RCA”, e a Missa foi concelebrada, entre outros sacerdotes, pelo capelão militar dos Paraquedistas de São Jacinto-Aveiro, o padre Jorge Gonçalves.

Em abril de 2019, D. Rui Valério visitou os militares portugueses em ação na República Centro-Africana, e destacou o contributo destes homens e mulheres enquanto “obreiros da paz”; O contingente militar português está presente na RCA desde 2017, como membro da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização deste território.

O bispo do Ordinariato Castrense perguntou “em que consiste a felicidade que brota dum coração puro?”, e a partir do elenco “dos males enumerados por Jesus, que tornam o homem impuro”, explicou que cada pessoa “deve discernir aquilo que pode «contaminar» o seu coração, formando em si mesmo uma consciência reta e sensível”.

“Se é necessária uma atenção salutar para com a salvaguarda da criação, a pureza do ar, da água e dos alimentos, com maior razão ainda devemos salvaguardar a pureza daquilo que temos de mais precioso: os nossos corações, as nossas relações, o ser humano e a sua vida”, desenvolveu.

O Parlamento português vai discutir e votar a legalização da eutanásia no próximo dia 20, os projetos de lei do BE, do PAN, do PS e do PEV, e D. Rui Valério realçou que “é de capital importância” que, nestas horas tão decisivas para Portugal, “se afirme, sem pejo, nem hesitação” que toda a iniciativa, toda a ação “é um valor para o ser humano se assentar na verdade, se realizar o bem supremo da vida da pessoa”.

“Receio que as propostas de eutanásia a serem discutidas na Assembleia da República não estejam assentes na verdade, não sejam um bem para a dignidade da vida humana, não respeitem a igualdade do direito à vida para todos os cidadãos”, acrescentou sobre um tema de que também falou esta terça-feira, quando a Igreja Católica celebrou o Dia Mundial do Doente, no Hospital das Forças Armadas em Lisboa.

A partir das leituras da Eucaristia, o bispo do Ordinariato Castrense destacou que iniciou de forma “bastante surpreendente” porque põe lado a lado duas personagens, a rainha de Sabá e o rei Salomão, cada uma a exibir a sua “riqueza”, respetivamente, dos bens materiais – “perfumes, do ouro ou das pedras preciosas” – e a “sabedoria”.

CB

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Agência ECCLESIA

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