Dioceses de Lisboa, Portalegre-CasteloBranco e Vila Real celebraram ordenações sacerdotais em clima de festa O primeiro dia de Julho foi dia de ordenações em várias diodeses do país, num total de onze novos padres para a Igreja em Portugal. O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, assistiu à ordenação de sete presbíteros e quatros diáconos permanentes. D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, referiu que “o chamamento é, também, o desafio a uma nova experiência de liberdade, que se há-de exprimir, não no fazer o que apetece, mas na ousadia da vida nova em Cristo ressuscitado”. Por isso afirmou que “os ministros ordenados têm de ser, na sua própria vida, o anúncio do mundo novo. Se é legítimo e necessário vivermos ao ritmo do tempo, temos de vencer o espírito do mundo”. O Cardeal-Patriarca afirmou que na Igreja, Deus pode chamar através de sinais, “circunstâncias concretas que podem fazer sentir ao cristão a urgência do serviço; a interpelação da vida de pessoas chamadas, totalmente entregues ao Reino de Deus; acontecimentos da vida pessoal, que rasgam no coração a abertura para o absoluto”. Por esta razão a “pastoral das vocações quer ser um caminho não para convencer, mas sim para ajudar os cristãos a serem sensíveis aos sinais de um chamamento divino, fazendo o seu discernimento à luz da fé e da palavra da Igreja”. Em Vila Real, D. Joaquim Gonçalves relembrou que “há precisamente 20 anos entrei nesta catedral para iniciar o meu ministério de Bispo da diocese”. Na Missa das Ordenações presbiterais de três diáconos e da instituição no ministério de acolitado de três jovens, o Bispo de Vila Real deu conta dos três pilares onde os agora presbíteros se devem apoiar. “A vossa família como raiz remota da vossa vocação, pois embora o sacerdócio não seja fruto do sangue, a sensibilidade primeira e a inclinação original começam geralmente aí; o outro pilar são os vossos colegas padres, uma vez que fazeis parte de uma Ordem, a Ordem dos presbíteros e esse pilar é lembrado pela imposição das mãos, não havendo padres por sua conta; o terceiro pilar é a intimidade com Jesus Cristo: pode saber-se teologia sem ter amizade, podem fazer-se coisas religiosas sem amor”, indicou. “Para ser padre é preciso que o saber se faça amor, que a acção seja serviço, admiração, encanto. São três pilares sólidos, mas o maior dos três é o amor a Jesus Cristo: só ele permite vencer alguns momentos de desequilíbrio dos outros dois pilares”, acrescentou. D. Joaquim Gonçalves referiu que ser “padre não vem de nós, vem de cima, é obra do Espírito Santo em favor da Igreja”, acrescentando ainda que “ter um filho padre é um dom de Deus, e é um excelente modo de as famílias auxiliarem a sociedade”. O Bispo de Vila Real apontou que “hoje há poucos padres também porque não são desejados pelos pais”. Também a diocese de Portalegre-Castelo Branco recebeu um novo presbítero, facto que não acontecia há dois anos naquela diocese. Em declarações à Renascença, Alberto Tapadas afirmou que “o pensar na vida ocorreu por volta do 12º ano. Como sou uma pessoa de fé naturalmente decidi isto, não só com a família, mas também com Deus. Ao longo de seis anos fui sentindo muita coisa, fui sentindo que era por aqui porque, antes de mais, me sinto feliz e, sobretudo, porque nunca me sinto sozinho”, disse. Notícias relacionadas Chamados a servir Notícias relacionadas Ter um filho padre é um excelente modo de as famílias auxiliarem a sociedade