As vias de acesso em Morrumbala estão completamente inundadas, aumentando as contrariedades na evacuação das famílias afectadas e o isolamento das mesmas. É necessário recorrer a meios aéreos para socorrer e distribuir ajuda, o que dificulta e encarece a assistência. A oikos, em total colaboração com as autoridades locais e com os militares moçambicanos, está a auxiliar no resgate das pessoas e na localização das aldeias afectadas e isoladas pela água. Já estamos a distribuir alimentos, a construir poços de água em zonas de reassentamento e, brevemente, a instalar tendas e a distribuir kits de bens essenciais. As inundações estão a agravar a vulnerabilidade destas comunidades que vivem, na maior parte, abaixo do limiar de pobreza (menos de um dólar por dia). São dependentes de agricultura de subsistência e regularmente afectados por inundações que agravam a sua precaridade. Para além disso, a região afectada do vale do Zambeze é caracterizada por uma elevada prevalência de HIV (19% da população), aumentando as suas necessidades de apoio. As prioridades são de alimentação, abrigo, água e estruturas de saneamento básico. As famílias perderam o seu gado e alimentos, não existem estruturas suficientes para acolher as famílias deslocadas nem acesso a bens essenciais não alimentares. É ainda necessário garantir o acesso a água potável e estruturas de saneamento básico através da construção de poços de água e latrinas, em particular nas zonas de reassentamento onde existe uma elevada concentração de pessoas, sob o risco de surgimento de surtos epidémicos. Actualmente, em Moçambique, a oikos já beneficia 11 676 famílias, correspondendo a 49 039 pessoas. Os recursos médios necessários para a redução da vulnerabilidade de uma Família oikos durante um ano são de 93€. Mais informações em www.oikos.pt