Obra social da Igreja algarvia apoia mais de 7500 utentes

O sector da Pastoral Sócio-caritativa constitui para a Igreja universal um dos eixos basilares da sua acção, a par da Pastoral Litúrgica e da Pastoral Profética. Também no Algarve essa acção faz-se sentir no trabalho diário de dedicação e entrega com que tantos, que procuram ver no próximo o rosto desse Cristo em quem dizem acreditar, se envolvem. A obra social da Igreja algarvia compreende na região sobretudo o trabalho levado a cabo pelos centros paroquiais, propriedade das paróquias, as obras ou casas de acolhimento de alguns institutos ou congregações religiosas ou as instituições de carácter diocesano e outras Instituições Particulares de Solidariedade Social ou obras de inspiração cristã. A estes junta-se ainda, naturalmente, a imensa obra levada a cabo pelas Santas Casas da Misericórdia algarvias. Abrangendo as mais diversas valências, desde creches, a ATL’s, jardins-de-infância, pré-escolares, centros de acolhimento, lares, centros de dia, apoios domiciliários, refeitórios sociais e centros comunitários, estas instituições prestam apoio a mais de 7500 utentes em todo o Algarve, sobretudo crianças, adolescentes, jovens e idosos. Destas cerca de 7500 pessoas apoiadas, mais de 5500 são da responsabilidade das misericórdias algarvias, estendidas de Vila do Bispo a Vila Real de Santo António, e os restantes são utentes dos centros paroquiais, casas de congregações religiosas, instituições diocesanas e casas de acolhimento. Do total de mais de 7500 pessoas apoiadas, cerca de 3800 são do sexo feminino enquanto os restantes são do sexo masculino. Os apoios conferidos referem-se sobretudo a idosos, sendo que as valências de lar, centro de dia, apoio domiciliário, refeitório social e centro comunitário envolvem mais de 3900 utentes, enquanto ao nível da infância/adolescência e juventude o apoio social com as creches, ATL’s, jardins-de-infância, pré-escolares e centros de acolhimento dá resposta a cerca de 3100 crianças, adolescentes e jovens. Dos 3900 utentes idosos, cerca de 2100 são do sexo feminino e os restantes 1800 são do sexo masculino. Já os apoios à infância, adolescência e juventude contemplam cerca de 1600 do sexo masculino e quase o mesmo número do sexo feminino do total de 3100 utentes. Na área geriátrica, a valência de lar apoia cerca de 2200 idosos, sendo as misericórdias responsáveis por cerca de 1800 utentes e os centros paroquiais por mais de 350 utentes. Os centros de dia são frequentados por cerca 670 pessoas, dos quais mais de 120 nos centros das paróquias e cerca de 500 nas santas casas. O apoio domiciliário é prestado a 950 idosos, dos quais 750 são assistidos pelas misericórdias e 200 pelos centros paroquiais. A valência de refeitório social e de centro comunitário são desenvolvidas sobretudo pelas Santas Casas da Misericórdia, sendo que envolvem, respectivamente, cerca de 80 e 130 utentes. Ao nível infanto-juvenil, a valência de creche envolve cerca 1100 beneficiados, dos quais 780 são da responsabilidade das misericórdias e 320 dos centros paroquiais e outras instituições. Os ATL’s ocupam cerca de 720 utentes, dos quais cerca 570 são da jurisdição das Santas Casas da Misericórdia e os restantes cerca de 150 dizem respeito aos centros paroquiais e outras instituições. Nos jardins-de-infância os utentes são cerca de 960, sendo cerca de 735 das misericórdias e cerca de 225 das paróquias e outras instituições. O ensino pré-escolar chega a cerca de 440 crianças, tendo cerca de 270 acesso através das misericórdias e cerca de 170 por meio dos centros paroquiais e outras instituições. Em síntese, as Santas Casas da Misericórdia apoiam cerca de 3250 idosos e cerca de 2450 crianças, adolescentes e jovens, enquanto os centros paroquiais e outras instituições dão resposta às necessidades de cerca de 845 idosos e cerca 640 crianças, adolescentes e jovens. Desta análise fizeram parte os números de utentes fornecidos pelas Santas Casas da Misericórdia de Albufeira, Alcantarilha, Aljezur, Alvor, Armação de Pêra, Boliqueime, Castro Marim, Estômbar, Faro, Lagos, Loulé, Moncarapacho, Monchique, Olhão, Portimão, Vila do Bispo, São Brás de Alportel, Silves, Tavira e Vila Real de Santo António, bem como o Lar de Jovens e Crianças da Santa Casa de Misericórdia de Albufeira e o Centro de Acolhimento Temporário para crianças e jovens. No que respeita aos centros paroquiais foram tidos em conta os números apresentados pelos Centros Paroquiais de São Luís de Faro, de Cachopo, de Estômbar, de Martinlongo, da Mexilhoeira Grande, de Paderne, de Santa Maria de Tavira, de Vaqueiros, faltando contudo acrescentar os Centros Paroquiais de Estoi, Ferreiras, Monchique, Quarteira e Santa Bárbara de Nexe que acabaram por não dar resposta à solicitação da informação. Foram também tidas em conta as informações fornecidas por outras instituições como a Cáritas Diocesana do Algarve, o Centro Social de Nossa Senhora do Carmo de Faro, o Centro de Acolhimento Madre Teresa Calcutá em Faro, o Colégio de Nossa Senhora do Alto em Faro, o Lar Carmelo Missionário em Faro, o Centro de Bem-Estar Social de Nossa Senhora de Fátima em Olhão, a Obra de Nossa Senhora das Candeias em Olhão e a Casa de Nossa Senhora da Conceição em Portimão. Fora destes números fica igualmente o imenso trabalho realizado por tantas equipas paroquiais e outras pertencentes a movimentos e obras da Igreja que embora não dependam de qualquer instituição para contar para este levantamento, se dedicam ao apoio aos mais pobres de entre os pobres, procurando com a sua acção abnegada minimizar os efeitos da pobreza tantas vezes escondida e envergonhada, espalhada pelos espaços rurais mais dispersos ou até, cada vez mais, dissimulada no meio dos grandes centros urbanos. Ajuda que se torna quase sempre indispensável àqueles que dela dependem e que por se encontrarem num contexto recôndito, embora sendo famílias em dificuldades de subsistência ou indivíduos anónimos sem-abrigo, alcoólicos, toxicodependentes ou indigentes não beneficiam da acção de qualquer instituição.

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