João Paulo II “é um homem temperado e robustecido pelo sacrifício, pelo trabalho e pelo desporto”. Condições deste homem do leste, iniciou o Pontificado em 1978 que “se adivinhava longo e que, apesar dos acidentes de uma saúde contrariada e ferida, acaba de atingir uma duração invulgar ao perfazer 25 anos de actividade” – palavras iniciais da homilia de D. Armindo Lopes Coelho, bispo do Porto, na celebração do Te Deum, dia 19 de Outubro, na Sé do Porto, no 25º aniversário do Pontificado de João Paulo II. Uma homilia que coloca em destaque os valores defendidos por João Paulo II ao longo do seu Pontificado. “Os problemas da saúde, nomeadamente na sua dimensão ética, da biologia e da bioética; a defesa da família à base do projecto revelado de Deus e à luz do evangelho e da melhor tradição cristã; o conjunto dos direitos humanos: a apologia e defesa das crianças, o carinho com os idosos e doentes, a doutrina social da Igreja, as mensagens de paz e as intervenções em favor da paz (mesmo quando a guerra parece inevitável, o Papa não deixa de proclamar que a paz é possível – contra spem in spem credidit – acredita na paz e no seu coração projecta a paz mesmo quando todos se precipitam para a guerra. Tem aversão à guerra: Guerra, nunca mais…)”. Valores não influenciáveis pelo “peso das maiorias” – sublinha D. Armindo Lopes Coelho. Sobre a relação de João Paulo II com os jovem, o prelado do Porto afirma “que os jovens são uma das suas paixões”. E adianta: “Os jovens são e sentem que são a esperança que enche o coração do Papa e preenche grande parte dos seus documentos e apelos”. A homenagem a João Paulo II é a “participação festiva num jubileu” em que de João Paulo II foram e estão a “ser lembradas virtudes, actividades, benefícios para a igreja e para o mundo, e também porventura defeitos, resistências, não cedências doutrinais… Sabem-se do Papa muitas coisas, incluindo muitos segredos. Permito-me, porventura com presunção nem grave nem ferida de exclusividade, indicar o segredo da sua vida, santidade e exemplaridade: Em 16 de Outubro de 2002 João Paulo II publicou uma Carta Apostólica – “Rosarium Virginis Mariae”, para introduzir o Ano do Rosário no início do vigésimo quinto ano do seu Pontificado. Depois de nos contar a história da sua devoção à Mãe de Deus, escreve: “ Com estas palavras, meus caros Irmãos e Irmãs, inseria no ritmo quotidiano do Rosário o meu primeiro ano de Pontificado” – finaliza D. Armindo Lopes Coelho.