“O Assistente Religioso na Cáritas diocesana: missão e funções” – foi o tema das primeiras jornadas nacionais de Assistentes Religiosos da Cáritas, realizadas em Fátima, cujas conclusões apontam para que os estatutos das Caritas diocesanas “definam claramente, quais as funções do assistente dentro da instituição e das suas relações com os outros elementos da direcção”. Um encontro que mobilizou 14 assistentes das 20 Cáritas diocesanas, e onde o Pe. Álvaro de Jesus, assistente da Caritas Portuguesa, salientou à Agência ECCLESIA que “não faz sentido haver comunidade cristã sem Caritas, nem se entende Caritas sem comunidade cristã”. Com o aproximar da Semana Cáritas (de 16 a 23 de Março) e que terá como tema – «Sem fronteiras nem barreiras», os participantes concluíram também que a preocupação do assistente religioso deve centrar-se “nas atitudes, valores, opções e o tratamento dos pobres” e não com as actividades organizativas e o “aspecto económico”. Por isso, o assistente religioso “deve ter carisma que lhe permita dar sentido e orientar todos os ministérios exercidos dentro do grupo Caritas”. Aí serão lançadas as suas raízes e encontra a “sua razão de ser no mandamento novo: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. Consequentemente, à sua opção preferencial pelos mais pobres, a Igreja assume o “serviço aos sectores mais empobrecidos da sociedade como a sua vocação essencial”. Por sua vez, o Pe. João Mendonça, da diocese de Portalegre – Castelo Branco, pede à Comissão Episcopal da Acção Social e Caritativa que elabore um “organigrama de convergência, que salvaguarde a diversidade carismática existente e trace linhas do caminho que a Igreja é chamada a percorrer no início do terceiro milénio”.
