O mérito fala por si mesmo, sem ruído

José Luís Nunes Martins

Não é necessário que alguém chame a atenção dos outros para as suas próprias virtudes. Se a virtude existe, então dar-se-á a saber de forma subtil, como se se tratasse de um perfume.

Quem merece uma aclamação, não precisa dela.

Se falta o mérito, então muitos gostam de o fingir, até porque neste mundo há também muita gente que prefere a aparência à verdade. Assim, os que fingem gostam de quem os admira, mesmo que se trate de gente que não é capaz de reconhecer o que é autêntico; estes, por sua vez, gostam de quem se preocupa com eles, criando belas mentiras.

É muito difícil distinguir a verdade por entre muitas falsidades. Mais do que estar atento às palavras de alguém, devemos focar a nossa atenção em quem as diz. Depois, devemos meditar no porquê de as ter dito. Perceber o mérito de outra pessoa implica que sejamos capazes de ser humildes e isso é, por si só, um mérito raro.

O tempo, que passa em silêncio, fará com que o que estava escondido se revele. Devagar.

Não fiques a olhar para os sinais, mas que a tua atenção se dirija para onde eles apontam.

Mais do que seres o caminho, procura que a tua vida seja um exemplo, um bom sinal para quem estiver à procura e atento.

Não há maior mérito do que percorrer o caminho do amor, aquele por onde se é feliz a cada passo, apesar de tudo.

 

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Agência ECCLESIA

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