Arcebispo de Braga deixou apelos aos novos sacerdotes “Sei que a Igreja não são os padres e que as vocações de especial consagração não se limitam aos sacerdotes diocesanos. Penso, porém, que, se entrarmos no íntimo das consciências, reconheceremos que o presente e o futuro da Igreja, em larga medida, está nas mãos dos sacerdotes” – disse D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, na celebração das ordenações sacerdotais, dia 18 de Julho, no Santuário do Sameiro. Estes novos padres foram um «presente» que o prelado recebeu no dia em que se comemorou 5 anos da tomada de posse como arcebispo de Braga. Apesar do ambiente festivo deixou alguns apelos: antes de ser padre é preciso ser cristão – explicou D. Jorge Ortiga, afirmando: “ser cristão é ser vida; ser padre pode resumir-se a um funcionalismo mais ou menos competente”. Para que esta missão possa ser perfeitamente vivida, D, Jorge Ortiga lembrou ser indispensável que os padres percorram os caminhos da interioridade e voltem a pensar o ministério a partir da oração e da contemplação. Outra exigência apontada por D. Jorge Ortiga está relacionada o testemunho e a coerência de vida, que exige que a Palavra seja vivida antes de ser anunciada. “O nosso «trunfo» está na vida, no ser livro aberto daquilo que anunciamos e, por isso, recusamos a incoerência como algo inadmissível. Não vamos pelo caminho que mais nos convém. Aceitamos uma verdade total que é vida e comunicámo-la com o ser Sua transparência” – sublinhou. A linguagem também ajuda o anúncio, admitiu D. Jorge Ortiga. Mas insistiu de imediato: “a pedra de choque está no que somos. A sociedade moderna não necessita de vendedores ambulantes que, por vezes, são charlatães. Exige-se certificação de qualidade que só se encontra naquilo que se transmite pela vida”.
