O elogio da sobriedade

Octávio Carmo, Agência ECCLESIA

“A felicidade exige saber limitar algumas necessidades que nos entorpecem, permanecendo assim disponíveis para as múltiplas possibilidades que a vida oferece”

A frase do Papa Francisco, na encíclica ‘Laudato si’, famosa por vários outros motivos, pode ser um bom mote para as férias. Abrir os olhos para o que nos rodeia, com mais atenção, valorizando cada coisa pelo que é, sem procurar comparar ou limitar a sua importância em função de outras realidades.

Numa sociedade de consumo somos treinados a “pensar em grande”, a projetar “férias de sonho”, a cometer excessos porque “merecemos”. Sempre em função do exterior, do que vamos ver e do que os outros vão ver de nós, sem pensarmos verdadeiramente no que nos valoriza e determina como pessoas, no presente e na construção do futuro.

Um tempo de descanso é, deve ser, um tempo de nos reescrevermos. Uma oportunidade de encontrarmos pequenos tesouros em locais insuspeitos, para “dar apreço a cada pessoa e a cada coisa”, como sugere o Papa Francisco.

A ECCLESIA propõe um “roteiro” com pontos a visitar nas 20 dioceses portuguesas, contando com a colaboração de quem conhece o território e sabe as surpresas que cada espaço pode reservar para quem chega sem o conhecer ou sem o ter absorvido totalmente em visitas anteriores. Sem pressas.

Octávio Carmo

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