Núncio na ONU pede acção global contra a malária

O Arcebispo Celestino Migliore, Núncio Apostólico da Santa Sé nas Nações Unidas, pediu uma acção mais determinada da comunidade internacional no combate à malária “A comunidade internacional deve agir em conjunto para combater a malária”, disse este responsável durante a 63ª sessão da Assembleia-geral, em Nova Iorque, numa intervenção sobre o tema “O compromisso de reduzir a incidência da malária, especialmente na África”. O representante da Santa Sé considera que o compromisso da Assembleia Geral das Nações Unidas é mais um passo positivo na direcção correcta, pois reconhece que “a malária pode ser reduzida substancialmente com a consciencialização e a educação da cidadania e com o investimento na pesquisa e no tratamento médico”. Nos últimos 15 anos, registou-se um forte incremento da incidência desta doença, o que pode duplicar o número de mortos nos próximos 20 anos. Em cada ano, entre 300 e 500 milhões de pessoas contraem a doença, que mata uma pessoa a cada trinta segundos. 90% destas mortes ocorre na África subsaariana e a grande maioria das vítimas tem menos de cinco anos. Naquela região, quase 3 mil crianças morrem por dia de malária, sem falar no número de mulheres gestantes. “A malária continua sendo a maior ameaça à segurança humana”, disse o Núncio na Assembleia-geral da ONU, acrescentando que os custos da prevenção e do tratamento fazem com que as pessoas pobres sejam mais susceptíveis a esta perigosa doença. Em seguida, o Arcebispo lembrou o compromisso de milhares de indivíduos que trabalham em postos de saúde em muitas regiões maláricas, assistindo os doentes: “Quase sempre desconhecidos, eles desempenham uma acção heróica ao cuidar dos necessitados”. Muitas organizações católicas estão envolvidas neste campo, em campanhas de amplo alcance e treinando comunidades a educar os pais dos pequenos contagiados. (Com Rádio Vaticano)

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