Novo estudo apresenta esforços de Pio XII para ajudar os Judeus

Um novo livro, publicado nos EUA por um Rabino, apresenta dados históricos significativos sobre a relação do Papa Pio XII com o povo judaico em plena II Guerra Mundial. David G. Dalin defende o Papa Pacelli no livro “O mito do Papa de Hitler: como Pio XII salvou os judeus dos nazis” (The Myth of Hitler’s Pope: How Pius XII rescued Jews from the Nazis). David G. Dalin cita o agradecimento a Pio XII de Golda Meir, a ministra dos Negócios Estrangeiros de Israel, a qual enviou uma mensagem ao Vaticano por ocasião da sua morte: “Lamentamos, perdemos um servidor da paz. A voz do Papa durante o nazismo foi clara e em defesa das vítimas”. O capítulo da deportação dos judeus de Roma a Auschwitz em 1943 é analisado e documentado pelo Rabino Dalin, que oferece uma análise exaustiva com citações de fontes diversas. Pio XII instruiu o seu Secretário de Estado, o Cardeal Luigi Maglione, que protestou junto do embaixador alemão junto da Santa Sé, Ernst von Weizsacker, pedindo: “Tentem salvar os inocentes que sofrem por pertencerem a uma raça determinada”. Perante o pedido do Cardeal Maglione, o embaixador alemão deu ordens para interromper a deportação e Pio XII abriu as portas do Vaticano para esconder os Judeus de Roma, que se refugiaram em conventos e mosteiros. Graças ao trabalho do Papa Pacelli, Roma contou com a maior percentagem de judeus que sobreviveram nas cidades ocupadas pelos Nazis. Dos 5715 Judeus de Roma, registados pela Alemanha para serem deportados, 4715 foram acomodados em 150 instituições católicas, 477 dos quais em santuários do Vaticano. Pio XII teve uma atitude similar na Hungria através do seu representante, o Núncio Angelo Rotta, que teve um papel decisivo na hora de salvar a vida de 5000 Judeus. Uma lista de factos históricos mencionados por David G. Dalin, inclui a Bulgária, e em particular a atitude do Arcebispo Angelo Roncalli (futuro João XXIII), bem como de outras personalidades católicas que salvaram Judeus e asseguraram que o fizeram por ordem do Papa da altura. “The Myth of Hitler’s Pope: How Pius XII rescued Jews from the Nazis” documenta factos curiosos, como a nomeação de especialistas Judeus no Vaticano após terem sido despedidos por Benito Mussolini. A ideia negativa sobre o Papa Pio XII começou-se a consolidar desde a obra teatral “O Vigário” escrita em 1963 por Ralf Hoch Hunt, que lançou as bases para uma visão particular de Eugénio Pacelli, que em 1939 foi eleito Papa com o nome de Pio XII. Em 1999, John Cornwell publicou “O Papa de Hitler” e Daniel Goldhagen, em 2002, apresentou o livro “A Moral Reckoning”, ambos com visões negativas sobre o papel desempenhado pelo Papa na II Guerra Mundial – supostamente por ser apoiante de Hitler e não ter mostrado compaixão perante o sofrimento do povo judaico. Na altura da sua morte, contudo, Pio XII era muito admirado e muitos testemunhos sobre esse facto são apresentadas na obra de David G. Dalin. O escritor Graham Greene disse sobre Pio XII que foi “um Papa que muitos de nós acreditam será classificado entre os maiores de sempre”. O diplomata israelita Pinchas Lapide, escreveu em 1967 que Pio XII foi providencial para salvar “pelo menos 700 mil Judeus, provavelmente até 860 mil, das mãos dos nazis”. Redacção/Zenit

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