Nove ilhas uma diocese

D. António Sousa Braga fala sobre as novas soluções pastorais Com nove ilhas, divididas em três grupos, o arquipélago dos Açores tem dificuldades de comunicação inerentes à insularidade. Com o intuito facilitar a pastoral, D. António Sousa Braga, bispo de Angra, disse à Agência ECCLESIA que, de vez em quando, nas reuniões do clero levanta-se “a hipótese da criação de uma nova diocese naquele território” para “facilitar a coordenação da pastoral”. Se uma solução passa pela criação de uma nova diocese outra “passa pela valorização da unidade pastoral de cada ilha”. E adianta: “tendo à frente alguém com uma certa autoridade como prolongamento da autoridade do bispo”. Apesar das reflexões – realça o prelado – “não é fácil” porque a população “tem diminuído (menos 100 mil habitantes que em 1960)”. Uma solução que teria de ser “enquadrada num estudo global a nível nacional”. Para a viabilidade deste «sonho» teria de haver “uma redefinição dos limites das dioceses” e depois a criação de “novas dioceses com a ideia que é melhor dioceses mais pequenas” porque permitem ao bispo outro tipo de acompanhamento. Isoladamente “é difícil” mas “em todo o caso é uma hipótese”. Ainda no plano das hipóteses, D. António Sousa Braga refere que se no futuro for esse o caminho “uma teria sede em S. Miguel (englobaria S. Maria) e outra na Terceira (com as restantes ilhas)”. Neste momento “ainda não é viável” e aposta passa pela “valorização da unidade pastoral ilha”. E deixa um lamento: “isto é uma realidade muito diferente de uma diocese com território contínuo”. Perante a questão: um bispo auxiliar não lhe agradaria?. O prelado dos Açores respondeu que poderia “ser uma hipótese”. Esta solução “facilitaria muito” porque “iria acompanhar determinados sectores da Pastoral ou então só S. Miguel”. Como a ilha de S. Miguel é “praticamente metade da diocese”, D. António Sousa Braga lamenta que esta ilha “não tenha o apoio que merece”.

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