Nova Diocese angolana sente falta de padres

D. António Francisco Jaca é o Bispo da nova Diocese de Caxito, em Angola, erigida em Junho passado por Bento XVI a partir do território da Arquidiocese de Luanda. Após a sua ordenação, prepara-se para assumir o governo pastoral da Diocese com “serenidade”, numa linha de continuidade com a sua missão. “Vejo esta situação como a continuidade da missão que já venho exercendo ao serviço da Igreja”, refere em declarações ao Programa Ecclesia. Perante a escassez de vocações para o sacerdócio, a resposta passa pelo “reforço da formação dos leigos”. “Angola é um dos países em que os leigos catequistas sempre foram pioneiros da Evangelização”, sublinha D. António Jaca. Ainda assim, o Bispo lançou um apelo às “Igrejas mais afortunadas em termos de pessoal” para que possam enviar sacerdotes para esta Diocese, que cobre um território de cinco mil quilómetros quadrados. O antigo provincial dos Verbitas em Angola nasceu no ano de 1963, em Malanje. Fez os primeiros votos em 1987 e estudou teologia em Kinshasa, Congo. Foi ordenado sacerdote em 1991. Estudou comunicação no Canadá e foi um dos dinamizadores da Rádio Ecclesia. Desempenhava o cargo de Provincial do Verbo Divino em Angola desde o ano de 2002 e tornou-se, em Julho deste ano, o primeiro Bispo Verbita natural de Angola. D. António Jaca é um Bispo jovem e admite que dele se espera “criatividade, dinamismo e trabalho”. Promete, por isso, “dar o melhor” dele próprio. As novas dioceses saem de Luanda, uma capital onde é possível encontrar “problemas sociais de toda a ordem”, segundo o Bispo de Caxito. Saúde, educação, pobreza, insegurança e emprego são várias das áreas que mais desafiam a Igreja. “Temos o dever de trabalhar para a resolução destes grandes problemas”, aponta, lamentando que não tenha havido capacidade para “acompanhar o fluxo migratório” que levou milhares de angolanos até à capital do país. Quanto à criação das Dioceses de Viana e Caxito, D. Jaca considera que “chegam em boa altura”, permitindo “uma assistência mais próxima das pessoas”, com ganhos para o trabalho pastoral. Entre as prioridades para o futuro, D. Jaca espera que “todos os cristãos tenham um mínimo de assistência espiritual”, apostando na “formação dos catequistas, que são os grandes evangelizadores desta zona”.

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