Nota Pastoral sobre o Padre Américo

Ocorre no próximo dia 23 de Outubro, o 120.º aniversário do nascimento do Servo de Deus Padre Américo Monteiro de Aguiar, vulgo Padre Américo. A sua vida não muito longa como sacerdote da Igreja, 27 anos, foi vivida com grande intensidade e entrega à vocação a que Deus o chamou. Sentindo-a em idade de criança, só na de adulto lhe deu pleno cumprimento. Valorizou de tal modo esta nova vida, que começou aos 36 anos, que considerou perdidos os anos até aí vividos. No dia festivo de S. José, Pai adoptivo de Jesus, esvaziou-se de si mesmo e do que era seu, para se deixar constituir em Pai dos pequeninos que o viriam a reconhecer como seu-Pai Américo. Descobriu a verdadeira riqueza na pobreza de Jesus Incarnado, presente nos pobres, deixando-a aos seus seguidores em testamento: “ A nossa maior riqueza é a pobreza.” Amou o Santíssimo Nome de Jesus à maneira de S. Francisco de Assis, a quem inicialmente quis imitar como discípulo, e actualizou na sua vida e obras o mesmo ideal de justiça, que traz a paz e o bem, de que as Casas do Gaiato, o Calvário, o Património dos Pobres, o Jornal ao Gaiato, os seus ricos escritos são um belo testemunho. Desde que em 1956 nasceu para o Céu, na terra muitos trabalhos de investigação o têm tido como tema que, não estando esgotado, antes pode e deve ajudar o homem de hoje a descobrir e a realizar na sua vida, o seu ideal de fraternidade. Como faz bem contemplar homens assim! Neste sentido a Casa do Gaiato propõe-se ajudar a Diocese a conhecer (melhor) o P. Américo. Apoio esta iniciativa e convido a Diocese a acolher esta oferta e a participar activamente na descoberta ou aprofundamento da vida e obra do Padre Américo, particularmente os jovens e as crianças, através da colaboração dos secretariados da Juventude, da Educação Cristã, do Professores de EMRC, da Junta Regional do CNE, de todo o clero. Estou certo de que o encontro das nossas crianças, adolescentes e jovens, da Igreja Diocesana e da sociedade em geral, com a figura cativante do P. Américo, que se deixou morrer para dar, citando-o, “ tanta fruto, tanta vida” vai contribuir para sermos uma Igreja mais rica na fé, esperança e na caridade; para que cresça em todos a consciência vocacional e para sermos igreja entregue a Deus para o serviço dos pobres. Por fim, convido a Igreja no dia 23 a pedir ao Senhor a graça da sua beatificação. Setúbal, 16/10/20007 D. Gilberto Reis, Bispo de Setúbal

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