No desporto, como na vida, que a meta seja Cristo

Bispo do Funchal falou de talento e de desafios, nas comemorações do centenário do Clube Sport Marítimo

Numa missa dedicada à celebração do Centenário do Clube Sport Marítimo, o bispo do Funchal centrou a sua homilia nos desafios do mundo actual e a forma como todas as pessoas devem contribuir para atingirem os objectivos traçados, fazendo uso dos talentos que receberam de Deus.

Depois de invocar, de forma particular, todas aqueles que tomaram parte na longa história do clube madeirense, D. António Carrilho explicou a mensagem das leituras, sublinhando que “tudo tem o seu tempo, tudo tem a sua hora debaixo do céu”. (Co 3, 1-11).

“A Liturgia da Palavra convida-nos a reflectir sobre a peregrinação da família humana neste mundo, a sua grandeza e a sua finitude, e o dever de pôr a render os talentos recebidos de Deus, ao serviço da comunidade humana”, realçou o prelado.

Perante um mundo “tantas vezes distante do essencial”, referiu D. António Carrilho, cabe ao Homem corresponder à sua condição de “eterno buscador”, porque é “constantemente interpelado por uma ardente sede de Verdade e de Infinito”.

“Urge viver configurado com Cristo”, acrescentou o bispo do Funchal, porque, como disse S. Paulo nas suas cartas, “tudo o mais é considerado como lixo e prejuízo”.

O prelado comparou esta “meta” que para os cristãos é Cristo, com os sacrifícios que os atletas têm de fazer para cortar as diversas metas, nas competições em que participam.

“O triunfo por ter alcançado a meta e ganho o “troféu” vale bem todos esses sacrifícios e renúncias” sublinhou o bispo madeirense, para quem o maior triunfo dos cristãos “é alcançar a Vida Eterna”.

“Vale a pena frequentar os treinos, lutar e correr para alcançar a meta, não só no desporto, mas também nos estudos, no trabalho e na santidade, com a vivência exigente dos valores do Evangelho” sustentou ainda.

Chamando a atenção para o facto de os futebolistas serem hoje, muitas vezes, um modelo seguido por milhões de pessoas em todo o mundo, o prelado defendeu a preservação de uma ética desportiva, “fundamental na dinâmica do jogo e no desenvolvimento integral dos jovens participantes”.

O bispo do Funchal terminou a sua homilia alertando para a importância de “incrementar e partilhar” os talentos que Deus concedeu a cada pessoa, seja em que ramo de actividade for.

“Só ultrapassando os horizontes fechados do comodismo, da violência, do hedonismo e da resistência à mudança, podemos construir uma cultura de Esperança e de Alegria, de amor, paz e união”, afirmou.

Quanto ao futebol, “que ele seja um meio de criar novos laços de comunhão, progresso e solidariedade entre os povos, em ordem ao verdadeiro desenvolvimento, à construção da Paz e da Civilização do Amor”, concluiu D. António Carrilho, com votos de parabéns ao centenário Clube Sport Marítimo.

A equipa madeirense foi fundada a 20 de Setembro de 1910. Para além de diversos títulos a nível regional, conta ainda no seu palmarés com um título de campeão de Portugal, conseguido na época de 1925/26.

Apesar da principal modalidade do Clube Sport Marítimo ser o futebol, a instituição desenvolveu ainda, ao longo da sua história, diversas outras secções, como por exemplo o andebol, atletismo, basquetebol, futsal, hóquei em patins e voleibol.

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