No caminho de Santiago

Agência ECCLESIA acompanha grupo de peregrinos num dos percursos mais importantes para o Cristianismo na Europa Um grupo de 18 pessoas reúne-se na estação de Vila Nova de Famalicão. Caras conhecidas outras menos que se juntam, para durante uma semana caminhar juntas. Este primeiro dia deixou os peregrinos em Valença onde Domingo, dia 5, de manhã arrancaram, com Santiago de Compostela no pensamento. E outras coisas mais, mas ainda é cedo para partilhar. A pouco e pouco o caminho vai sendo trilhado e também a vida dos peregrinos. Há seis trajectos diferentes para chegar a Santiago. O caminho português segue no sentido de Sul para Norte, quase sempre junto à costa – Lisboa, Alcobaça, Coimbra, Porto, Barcelos, Ponte de Lima, Tuy, Pontevedra onde se passará nos próximos dias. Se as peregrinações a Fátima são símbolo da devoção mariana, fazer o caminho de Santiago ganha diferentes contornos. O objectivo do caminho é diferente. Mas quem o fizer, tem de estar aberto ao que a paisagem, a água, os carreiros, as pessoas ou o silêncio lhe disser. Fazer o caminho é deixar o caminho andar. Metade das pessoas que fazem parte do grupo estão nesta experiência pela primeira vez. Outros tantos fazem-no pela segunda, terceira, e até mesmo quarta vez. A Ana repete a experiência que em 2004 lhe deu uma “paz imensa”. O caminho de Santiago para ela “é a conjugação ideal entre Deus e a natureza”, revela Ana. “A caminhada proporciona um encontro pessoal, porque vivemos momentos grandes de introspecção”, acrescenta. O Luís aceitou o desafio do organizador do grupo, o Pe António Machado, pároco de São Martinho do Vale, em Vila Nova de Famalicão. “A expectativa é grande”, revela o estreante. A curiosidade sobre os Caminhos de Santiago já o chamavam. Alguns amigos que já tinham feito a experiência falavam com entusiasmo do que tinham vivido. “Já o ano passado o queria ter feito”. Em 2006 não pode, em 2007 não deixou escapar a oportunidade. A sua participação encontra razões na fé, “é inegável”, mas afirma ter muita vontade de o descobrir “pela mística e por tudo o que tenho ouvido”. 121 quilómetros para percorrer que de manhã cedo.

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