Lisboa, 05 ago 2019 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informa que pastores Fulani assassinaram na última quinta-feira o padre Paul Offu, “um dos jovens e mais ativos sacerdotes” da Diocese de Enugu na Nigéria.
“Em plena estrada, enquanto estava a fazer uma visita a um amigo seu, sacerdote em Ihe Agbudu. Que mundo perverso e demoníaco”, refere o padre Modestus Onwumelu, numa nota enviada à hoje à Agência ECCLESIA,
A fundação pontifícia informa que o padre Paul Offu foi o segundo sacerdote católico “assassinado nos últimos meses” pelos pastores Fulani na Diocese de Enugu e “há relatos de outros ataques a sacerdotes, igrejas, escolas e indivíduos”.
“O medo e o sentimento de insegurança estão a aumentar cada vez mais na Nigéria por causa destes ataques terroristas levados a cabo por grupos de pastores nómadas cuja violência contra os proprietários de terras, camponeses e cidadãos inocentes, como o Padre Paulo, está a aumentar sem que haja algum fim a vista”, desenvolve a AIS.
“Por favor, rezem pelo eterno descanso da sua alma gentil”, pediu o padre Emmanuel Nkemjika Igweshi ao comunicar a morte do sacerdote católico “às mãos de alguns bandidos, supostamente Fulani, ao longo da estrada de Agbudu em Awgu”.
O padre Paul Offu que era, atualmente, responsável pela Paróquia de Santiago, em Ugbawka, tinha estado num encontro de todos os sacerdotes de Emene quando se dirigia para Agbudu onde ia participar numa vigília de oração, contou outro sacerdote.
A Fundação Ajuda À Igreja que Sofre divulga que atual Governo do presidente Buhari, da tribo Fulani, continua a promover leis que favorecem a pastorícia “livre e sem limites” em todo o país, como a lei ‘Ruga’, que foi “entretanto suspensa”, mas “enfrentou uma enorme resistência de um grande número de nigerianos”.
A AIS lembra que, “há pouco mais de um ano”, a Nigéria se “comoveu” com a morte de dois sacerdotes católicos e 15 fiéis, da Paróquia de Santo Inácio na Diocese de Makurdi, assassinados por pastores muçulmanos Fulani durante a Eucaristia.
Durante os ataques dos Fulani morreram mais de 100 mortes e cerca de 50 casas foram destruídas, nos primeiros quatro meses de 2018.
CB