Nigéria: Jovem monge beneditino raptado e assassinado, após ataque a mosteiro de Ereku

Godwin Eze foi capturado com outros dois religiosos, que foram libertados

Foto: Fundação AIS

Lisboa, 27 out 2023 (Ecclesia) – Godwin Eze, monge beneditino, foi sequestrado e assassinado por homens armados na Nigéria, informou hoje a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

O sequestro aconteceu a 17 de outubro, no Mosteiro de Ereku, Estado de Kwara, região centro-norte da Nigéria.

A AIS indica que os invasores, “descritos posteriormente como sendo pastores Fulani”, capturaram três dos dez monges que se encontravam no dormitório do noviciado do mosteiro.

Os religiosos beneditinos foram “forçados a caminhar, descalços pela floresta”, descreve o comunicado, que esclarece ainda que a abertura da porta do edifício foi feita com recurso a armas.

“Terá sido durante essa marcha forçada, já na manhã de 18 de outubro, quando se encontravam junto a um rio, que os raptores dispararam contra Godwin Eze, matando-o e atirando o corpo para a água”, acrescenta a nota.

Os outros dois religiosos beneditinos, os irmãos Anthony Eze e Peter Olarewaj, foram ameaçados pelos raptores e libertados três dias mais tarde, a 21 de outubro.

Até ao momento, o corpo de Godwin ainda não foi resgatado, pelo que estão a ser desenvolvidos esforços, pelos populares de Eruku e das aldeias circundantes, para a recuperação dos restos mortais.

De acordo com a AIS, este crime está a deixar a população de Ereku com “medo e apreensão”, uma vez que “não havia nenhum historial significativo de violência na região”.

A fundação pontifícia tinha noticiado o sequestro de três irmãs da Congregação das Filhas Missionárias de ‘Mater Ecclesiae’, também por homens armados.

As religiosas acabaram por ser libertadas ao fim de oito dias de cativeiro, a 13 de outubro.

“Estes casos são apenas um sinal do enorme clima de insegurança que se vive na Nigéria, muito especialmente desde 2009 quando começaram os ataques violentos por parte do grupo jihadista Boko Haram, que tem como um dos alvos preferenciais a comunidade cristã”, conclui a fundação.

LJ/OC

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