Lisboa, 19 fev 2019 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) recordou hoje a situação da jovem cristã Leah Sharibu, raptada há precisamente um ano pelo grupo terrorista de inspiração islâmica Boko Haram, que quer criar um “califado” no norte da Nigéria.
Na informação enviada à Agência ECCLESIA, a AIS denuncia que “não há notícias” de Leah Sharibu desde outubro de 2018, quando o grupo terrorista divulgou um vídeo onde ameaçou manter a jovem cristã como “escrava para a vida”.
A fundação pontifícia calcula que, atualmente, o Boko Haram mantenha “cerca de duas mil mulheres, meninas e rapazes” em cativeiro.
Leah Sharibu, de 15 anos, foi sequestrada com outras 110 raparigas, que estudavam num colégio interno na cidade de Dapchi, na Diocese de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, a 19 de fevereiro de 2018.
Passado um mês, todas as jovens “foram devolvidas às suas famílias – algumas faleceram no cativeiro”, exceto Leah Sharibu, que foi a única cristã do grupo que recusou “converter -se ao islamismo” em troca da sua libertação.
Nathan Sharibu, o pai da jovem, destacou a “admirável discípula de Cristo” e sente-se “altamente encorajado” pelo seu exemplo.
“Demonstrou uma forte fé no Senhor, ao recusar renunciar a Cristo”, salientou.
Por altura do Natal, a mãe Rebeka Sharibu suplicou “aos cristãos que não se cansem de rezar” até ao regresso da filha a casa
“Eu sei que em todo o mundo os crentes rezam e pedem pela libertação da minha filha”, acrescentou.
A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre contextualiza ainda que, desde 2009, o grupo terrorista de inspiração islâmica ‘Boko Haram’ “luta” para criar um “califado” no norte da Nigéria.
CB/OC