Nicarágua: três bispos ameaçados de morte

O presidente da Conferência Episcopal da Nicarágua, D. Leopoldo Brenes, denunciou a ameaça de morte que três bispos receberam, na sequência da missão pastoral que prestam.

A ameaça “não nos preocupa”, afirmou D. Brenes. “Vamos continuar a trabalhar e estamos muito comprometidos com o Ano Sacerdotal”, assegura.

O vice-presidente da conferência e arcebispo de Estelí, D. Abelardo Mata, o bispo de Granada, D. Bernardo Hombach, e o bispo de Chontales, D. René Sándigo, receberam e-mails com ameaças de morte. Segundo os bispos, as ameaças aconteceram depois de o Arcebispado de Manágua ter condenado as agressões, decorridas a 9 de Agosto na catedral de Manágua, por parte de supostos simpatizantes da Frente Sandinista de Libertação Nacional, partido político socialista da Nicarágua.

Num comunicado, o Episcopado chama a atenção para a possibilidade de este não ser um “caso isolado” mas “expressão de uma política de intolerância e de total falta de respeito à liberdade de expressão e de mobilização à qual todo cidadão tem direito”.

“Como crentes, consideramos tais acções como uma agressão à sacralidade da pessoa humana criada à imagem de Deus e uma profanação do espaço sagrado da nossa Igreja catedral”, expressa o comunicado.

O documento indica ainda ser “urgente a paz” na Nicarágua, o que, para os cristãos significa “a ausência de todo tipo de violência e compromisso sincero pelo bem-estar do outro, independentemente de sua ideologia, filiação política e condição social”.

“Esta paz é construída com a autenticidade e a coerência entre o discurso e os fatos concretos, rejeitando o cinismo dos slogans que manipulam os valores religiosos, polarizam e confrontam a família nicaraguense”.

A mensagem da arquidiocese exorta o povo “a praticar a tolerância e a paz, a usar a razão para expor e defender as próprias ideias e a não sucumbir perante da tentação da violência”.

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