Natal: «Um Deus que vem habitar entre nós e sujeitar-se à própria morte» – Bispo do Algarve

D. Manuel Quintas explica que «celebrar o Natal é acolher na fé» um Deus que assume condição humana

Foto Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Faro, 26 dez 2019 (Ecclesia) – O bispo do Algarve disse que celebrar o Natal “é passar da palavra à pessoa humana e divina de Cristo Jesus”, na homilia da Missa da solenidade do Natal que presidiu, esta quarta-feira, na Sé de Faro.

“Celebrar o Natal é, acima de tudo, acolher na fé um mistério de um Deus que assume a nossa condição humana, partilha a nossa vida com as suas alegrias e esperanças, os seus sofrimentos e angústias, um Deus que vem habitar entre nós e sujeitar-se à própria morte”, afirmou D. Manuel Quintas.

Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, pelo jornal ‘Folha de Domingo’, o bispo diocesano explicou que “verdadeiramente a palavra fez-se carne e habitou” entre as pessoas, “o núcleo essencial da celebração do Natal”.

“A palavra eterna e divina entra no nosso espaço e no nosso tempo e assume identidade e rosto humanos”, acrescentou.

D. Manuel Quintas assinalou que Jesus se fez homem “a fim de se encontrar com todo o homem”.

“Ama-nos tanto que se uniu a nós para podermos também nós unirmo-nos a Ele. E unimo-nos a Ele sempre que o reconhecemos nos outros, particularmente os que mais sofrem”, desenvolveu.

Segundo o bispo do Algarve, Jesus “é a palavra de Deus viva e encarnada”, alguém que se é convidado “a conhecer, a escutar e acolher na fé” e, também, a seguir “no testemunho do amor, assumindo e atualizando hoje” os seus gestos e as suas atitudes.

Neste contexto, realçou que Jesus “cura todas as enfermidades”, “liberta de cadeias que oprimem e desumanizam” e anuncia “uma nova relação com Deus, tratado como Pai, e uma nova relação dos homens entre si que ensina a acolherem-se como irmãos”.

Na Missa da solenidade do Natal, D. Manuel Quintas explicou a “palavra definitiva de Deus à humanidade” precisa de “ouvidos dispersos e atentos que a escutem,” de uma mente disponível que se “deixe iluminar para melhor a compreender, de um coração puro, simples”.

“Um coração de filho, que a acolha, a interiorize, e se deixe transformar por ela, de uma vontade firme e decidida a praticá-la, de uma língua solta que a anuncie com fidelidade e alegria, gestos e atitudes que a testemunhem e revelem toda a sua força e a sua eficácia”, exemplificou o bispo do Algarve, divulga o jornal ‘Folha do Domingo’.

CB

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Agência ECCLESIA

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