D. António Luciano convida à solidariedade com «irmãos mais desprotegidos» e alerta para inverno demográfico
Viseu, 26 dez 2021 (Ecclesia) – O bispo de Viseu disse na Missa de Natal que o nascimento de Jesus é um acontecimento que marca toda a humanidade, oferecendo a todos “vida em abundância”.
“Jesus nasceu para todos: Nasceu para nos dar a plenitude da vida em abundância. Celebrar o Natal é viver a vida humana e divina da pessoa de Jesus, que nasce pobre numa criança, perante a indiferença dos habitantes de Belém para quem passou despercebido o seu nascimento”, referiu D. António Luciano, na homilia da celebração, enviada à Agência ECCLESIA.
O responsável apresentou o Natal como um “acontecimento da história em que Deus e o homem se encontram”, convidando a servir Jesus “presente nos irmãos mais desprotegidos”.
“O Natal desafia os cristãos a viver com alegria, com esperança, com proximidade de modo a encontrar atitudes novas na contemplação de Jesus no presépio, na companhia dos Anjos e dos pastores”, acrescentou.
Contemplar e meditar o ícone da Natividade de Jesus, ajuda-nos a tomar consciência do valor da simplicidade, da humildade, da pobreza e da fragilidade da nossa natureza humana”.
O bispo de Viseu sublinhou o valor de “cada ser humano, único e irrepetível desde o momento da conceção até à morte natural”.
“Celebrar o Natal é acolher a vida que nasce em cada criança, pois Jesus nasceu pobre em Belém para ser o modelo de toda a vida nascente ao longo da história da humanidade”, precisou.
D. António Luciano mostrou preocupação com a situação de Portugal e da Europa, “onde a taxa da natalidade caiu vertiginosamente”.
“Onde diminui o número de nascimentos instalou-se uma maior pobreza, pois este fenómeno hipoteca o futuro da própria vida da Igreja, empobrece o interior do país e favorece a sua desertificação”, precisou.
O responsável assume que este é o “grande problema social” do território diocesano, pedindo “políticas que apoiem a vida, favoreçam a natalidade, a estabilidade da família, o acesso ao trabalho para todos com uma vida digna”.
“Convido as famílias cristãs e os casais novos a abrirem-se à vida humana com sentido de responsabilidade e alegria de serem pais de novos filhos. O futuro do mundo e da Igreja, passa certamente pela vida de famílias que vivam estes valores humanos, éticos e cristãos como testemunho”, prosseguiu.
OC