Natal/Crise: Liga Operária Católica pede mudanças

Movimento de Trabalhadores Cristãos pede atenção a sinais de esperança para contrariar desânimo provocado pela crise

Lisboa, 12 dez 2013 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) publicou uma mensagem de Natal na qual admite “a dificuldade em descobrir sinais” de esperança em Portugal perante a atual crise económica e apela à mudança de políticas.

“Faz muito tempo, anos até, que os nossos governantes não são capazes de tomar uma medida capaz de aliviar o sofrimento de milhares de famílias, pelo contrário, agravam ainda mais a sua já aflita situação de vida”, denuncia a LOC/MTC.

Na Mensagem de Natal, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o Movimento de Trabalhadores Cristãos destaca a “altíssima” taxa de desemprego agravada pelo facto de “metade dos desempregados não terem direito ao subsídio de desemprego e mais de metade estarem em situação de desemprego de longa duração”.

Por isso, a mensagem assinala com preocupação que “avizinham novos cortes nos salários e pensões e redução dos direitos sociais”.

A LOC/MTC constata que no meio de “tantos sinais de morte”, Deus convida à surpresa da vida para que a “esperança continue a habitar” em cada um, como é referido no livro do profeta Isaías -“Eis que vou realizar uma obra nova” [Is 43,19-20].

Esta obra, segundo o Movimento, é visível em diversos setores e situações da sociedade portuguesa: “Nos trabalhadores e trabalhadoras capazes de se unir para lutar pela justiça; nas famílias que exigem os direitos sociais para poderem cumprir a sua tarefa; nos vizinhos que se aproximam e criam laços de solidariedade; nos grupos que fazem Revisão de Vida; nos gestos de gratuidade; na voz profética de quem defende a dignidade e o bem comum; em quem aposta no desenvolvimento integral da pessoa e na sustentabilidade do emprego com direitos”.

Às notícias sobre o aumento do número de milionários em Portugal e ao facto destes estarem cada vez “mais ricos”, a mensagem cita o Papa Francisco e diz que as desigualdades representam uma “traição ao bem comum”.

“Todos os dias batem à nossa porta notícias e imagens de homens e mulheres a quem é retirada a possibilidade de contribuir com o seu trabalho e a sua criatividade na obra da criação”, desenvolve.

Segundo a análise da LOC/MTC, o Governo dá “prioridade à estabilidade financeira” que permite “aos bancos sobreviver e aos ricos satisfazer-se”: Esta é a nossa história repetida à saciedade, que até nos faz cair na tentação da normalidade e da indiferença”, acrescenta a mensagem.

CB/OC

 

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