Natal: 70 «cabeleiras» ornamentam presépio e altares da igreja São Pedro de Faro

«Toda a gente fica encantada com o efeito das cabeleiras» – Manuela Magalhães

Faro, 23 dez 2020 (Ecclesia) – A igreja de São Pedro de Faro, na Diocese do Algarve, está ornamentada com 70 “cabeleiras”, plantas que deixam “toda a gente encantada” segundo a zeladora da Paróquia.

“Toda a gente fica encantada com o efeito das cabeleiras e toda a gente diz que ‘nunca viram isto em parte nenhuma’. Os estrangeiros vão apalpar nas vasilhas para ver se é natural. As pessoas ficam muito admiradas”, disse hoje Manuela Magalhães à Agência ECCLESIA.

Zeladora há 22 anos da igreja da Paróquia algarvia de São Pedro de Faro, a entrevistada lembrou que o sacristão já “fazia cabeleiras”, quando aceitou este serviço mas as suas memórias remontam à infância, nomeadamente, quando andava “na catequese”.

“Havia um altar à beira da sacristia em que faziam um presépio a toda a altura, com cortiça, e era todo ornamentado com as cabeleiras. A partir daí foi sempre a tradição de no Natal fazer as cabeleiras para pôr no presépio e pôr nos altares”, recorda sobre a tradição também conhecida como “searinhas”.

Manuela Magalhães contabiliza que tem na igreja paroquial de São Pedro de Faro “cerca de 70 cabeleiras”, “em todos os altares.

“Desde que comecei, faço sempre em quantidade para ornamentar o trono, como o presépio e as outras cabeleiras distribuo pelos altares”, realçou.

Neste contexto, explica que as cabeleiras “são feitas com ervilhacas, que é um alimento que dão aos animais, umas sementes”, e que a paróquia comprou “sete quilos de sementes”.

A 1 de dezembro, Manuela Magalhães começa a tratar delas, foram colocadas “de molho e conforme começam a estar germinadas vão para a terra, logo para o sítio onde vão ficar definitivamente”.

“São criadas numa casa completamente às escuras, não podem apanhar claridade, forro as janelas com os sacos de plástico preto e não entra claridade nenhuma. Agora aguentam o mês de janeiro todo”, explicou.

Segundo Manuela Magalhães, quando as ervilhacas saem do sítio onde foram criadas são “brancas, mas quando começam a ter a luz do dia começam a ficar verdes” e, só tiveram terra e firam “regadas dia sim, dia não, para crescer”.

“Faço com gosto. Enquanto puder vou fazendo”, assegura aos 78 anos a zeladora da igreja da Paróquia de São Pedro de Faro, na Diocese do Algarve.

As 70 cabeleiras (searinhas) foram colocadas no presépio e altares da Paróquia de São Pedro de Faro, na Diocese do Algarve, “com ajuda de um grupo”, no sábado, pela proximidade com o dia 25.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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