Não queremos dar o peixe, mas antes ensinar a pescar

Assim se podia resumir o trabalho que um grupo de voluntários nascido na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova, desenvolve em Moçambique e Cabo Verde. “O nosso objectivo é criar um trabalho sustentado nos países onde fazemos voluntariado, não apenas ir e fazer umas coisas” relata Sara Dias do GAS Nova a braços, também ela, com um projecto de voluntariado em Portugal. O seu objectivo enquanto grupo é viver e criar um espírito de voluntariado nas pessoas. Por isso, os projectos que desenvolvem anualmente no estrangeiros são apenas “alguns dos projectos do que vamos fazendo ao longo de todo o ano” em Portugal. Desde há cinco anos a trabalhar em Cabo Verde, na província de Maio, desenvolvem esforços para preparar um grupo natal para que o trabalho de voluntariado não seja apenas por dois meses. Nesta província estão a constituir uma fábrica de pescado e um centro de dia. Na província de Santo Antão, onde estão há cerca de um ano, apostam por enquanto nas actividades com crianças e visitas domiciliárias. O seu objectivo é criar um grupo, à semelhança do que se passa em Maio, que dê continuidade ao seu trabalho durante todo o ano. “Antes da partida procuramos estabelecer contactos com os locais, de modo a irmos preparados e sabermos que trabalho vamos desenvolver.” Outra forma de rentabilizar esforços é canalizar o que se aprende no curso cá em Portugal e pôr em prática no país de missão. “Uma estudante de medicina está a trabalhar no hospital, outra de serviço social trabalha na constituição de um moinho para rentabilizar a produção de uma plantação, e outra voluntária está a trabalhar na organização de uma biblioteca.” Todos projectos que estão a ganhar forma na cidade da Beira, em Moçambique. Sara relembra a experiência do ano passado no estrangeiro “de onde vim muito rica. Vai-se com o sentimento de dar tudo o que se tem, mas vêm-se com o muito que nos deram. Enriquece-se muito.”

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