Representante do Papa discursou perante Conselho de Segurança da ONU
Cidade do Vaticano, 21 set 2023 (Ecclesia) – O Vaticano manifestou perante o Conselho de Segurança da ONU o seu apoio à integridade territorial da Ucrânia, atingida pela invasão russa desde fevereiro de 2022.
“A Santa Sé está ao lado da Ucrânia e apoia totalmente a sua integridade territorial e, mais ainda, continua a envolver-se em iniciativas humanitárias destinadas a aliviar o sofrimento da população”, referiu esta quarta-feira o secretário do Vaticano para as relações com os Estados, D. Paulo Richard Gallagher.
O colaborador do Papa deixou um convite aos governos e às organizações internacionais para que “se tornem artesãos criativos e corajosos da paz e tecedores do diálogo construtivo”.
A intervenção, divulgada hoje pelo Vaticano, considerou que “os civis, as pessoas simples e, sobretudo, as crianças, os jovens e os idosos” pagam o preço mais elevado deste conflito, que já dura há mais de um ano e meio.
Para que tenhamos um futuro pacífico e seguro, todos os Estados-membros das Nações Unidas, e especialmente os deste Conselho de Segurança, são chamados a unir esforços na busca de uma solução justa e uma paz duradoura para a Ucrânia”.
Apontando o dedo a uma guerra “cruel” e “sem sentido”, D. Paul Richard Gallagher, afirmou que, se o conflito não for travado, corre o risco de desencadear uma crise global.
“A agressão só pode gerar novas agressões. Se esta guerra não for interrompida e a paz não for procurara, a cada passo, o mundo inteiro corre o risco de se afundar em crises ainda mais profundas”, alertou.
O diplomata britânico prestou homenagem ao povo da Ucrânia, que “com grande sacrifício, defende a sua soberania e a inviolabilidade das suas fronteiras reconhecidas internacionalmente”.
“O ataque russo à Ucrânia colocou em risco toda a ordem global”, considerou o responsável da Santa Sé, observando que o conflito tem um impacto “humanitário, demográfico, alimentar, sociopolítico, jurídico, económico, ecológico, militar, nuclear, energético, sanitário, educativo, religioso e migratório”.
OC