Na Páscoa, Bispo do Algarve pediu aos crentes coerência entre a fé e a vida

No dia em que os cristãos celebraram a Ressurreição de Jesus Cristo, o Bispo do Algarve deixou um convite, associado a uma exortação, que permaneceu como eco da celebração daquele acontecimento no Algarve. D. Manuel Quintas deixou no Domingo de Páscoa o apelo à alegria e exortou os crentes algarvios à coerência entre a fé e a vida, de modo que inspirem pela primeira todas as decisões tomadas na segunda dimensão, incluindo quando forem chamados a votar. Depois de apresentar as boas-vindas àqueles (nacionais e estrangeiros) que escolheram o Algarve para passar alguns dias de descanso neste tempo pascal e se associaram às celebrações realizadas na região, considerando-os como uma riqueza para a Igreja algarvia, e de fazer a aspersão da numerosa assembleia com a água benzida na Vigília Pascal da véspera, o Bispo diocesano constatou que “é difícil celebrarmos a Páscoa sem escutarmos este convite à alegria ecoar na nossa vida”. “Alegria que se apoia na fé em Cristo ressuscitado”, concretizou D. Manuel Quintas, considerando que “celebrar a Páscoa é deixar-se contagiar pela alegria que inundou o coração dos discípulos de Jesus na manhã daquele primeiro dia da semana”. “Alegria que se respira em toda a liturgia deste dia, estendendo-se pelos 50 dias do tempo pascal; alegria que preenche com igual intensidade cada domingo do ano como celebração semanal da Páscoa. Alegremo-nos porque a ressurreição de Cristo é a garantia da nossa própria ressurreição. Alegremo-nos porque a morte deu lugar à vida, o pecado à graça e a esperança à certeza de que sepultados com Ele na morte, pelo Baptismo com Ele ressurgimos para a vida”, justificou o Prelado. Sublinhando a característica de Jesus como «luz» do mundo, tão evidenciada na noite anterior, D. Manuel Quintas lembrou que “Cristo vem iluminar toda a nossa vida, mesmo os dias mais sombrios e densos de sofrimento, marcados por tantas formas de injustiça humana, de doença, de solidão e de incompreensão dos que nos são mais próximos; marcados pelas nossas limitações pessoais, pelo nosso egoísmo, pelo nosso exagerado apego ao que é passageiro e supérfluo, o nosso pecado e a nossa falta de amor”. “A força de Jesus ressuscitado estimula-nos a prosseguir como peregrinos que sabem que não têm aqui morada permanente”, complementou, certificando que “a ressurreição de Cristo apoia-se no testemunho de factos verificados que a Escritura iluminou e dotou com o seu significado salvífico”. Tendo presente o apelo da mensagem pascal ao testemunho, D. Manuel Quintas evidenciou que os cristãos de hoje são as actuais “testemunhas de Cristo ressuscitado”. “Professar a nossa fé em Cristo ressuscitado é, antes de mais, viver de modo coerente as implicações que essa verdade traz à nossa vida pessoal, familiar e profissional, com todas as opções que, como cidadãos, conscientes e livres, somos chamados a fazer. Não podemos deixar que aconteça um divórcio entre a fé que professamos e a vida que vivemos. Não podemos deixar de iluminar as nossas opções, a todos os níveis, mesmo em momentos em que somos chamados a dar o nosso parecer com o nosso voto. Não podemos deixar de iluminar as nossas opções, com os valores que professamos e celebramos ao nível da fé, com a Boa Nova que Jesus nos deixou”, advertiu o Bispo diocesano, considerando que “a exigência deste testemunho de cristão encontra a sua raiz e fonte no dia de Páscoa em Cristo ressuscitado”. “A exigência do nosso testemunho de cristãos torna-se hoje urgente e imperiosa”, concluiu.

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