Doze mulheres norte-americanas, “ordenaram-se” sacerdotisas e diaconisas, segunda-feira, numa cerimónia realizada a bordo de um barco, perto de Pittsburgh, nos EUA. Ao longo dos últimos meses, várias mulheres foram “ordenadas” na Europa e na América do Norte em cerimónias similares. O Vaticano excomungou em 2003 as primeiras sete mulheres “ordenadas” sobre o rio Danúbio, entre a Alemanha e a Áustria, pelo que estas mulheres e a(s) pessoa(s) que preside(m) à cerimónia não estão em comunhão com a Igreja Católica. O porta-voz da Diocese de Pittsburgh referiu que, em relação a este caso, as mulheres “excomungaram-se a si próprias ao saírem da Igreja e ao não seguirem os seus ensinamentos em relação a esta matéria”. O Pe. Ronald Lengwin precisou que a referida cerimónia de 31 de Julho foi um “ritual inválido”. As mulheres que têm promovido uma série de “ordenações sacerdotais católicas” na Europa e na América considera que as mulheres estão “excluídas” da Igreja por não poderem ser ordenadas. Em 2004, a Congregação para a Doutrina da Fé, presidida pelo então Cardeal Joseph Ratiznger, escreveu uma Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no mundo. No texto referia-se que “as mulheres desempenham um papel de máxima importância na vida eclesial” e recordava-se “o facto de a ordenação sacerdotal ser exclusivamente reservada aos homens (dado reafirmado pelo Papa João Paulo II na Carta apostólica Ordinatio sacerdotalis de 22 de Maio de 1994, ndr)”, considerando que isso “não impede as mulheres de terem acesso ao coração da vida cristã”.