Movimentos pela Vida pedem apoio à maternidade

Isilda Pegado garante que vão acompanhar passos legislativos e continuar a lutar pela igualdade de apoio às instituições “Queremos que o Estado assuma a maternidade e o apoio à família como uma prioridade”, manifestaram esta manhã os Movimentos pela Vida. Num encontro onde se reflectiu e definiu objectivos do trabalho político e social que a nova realidade da legislação sobre o aborto implica no futuro, pretenderam também enaltecendo a “cultura da vida” e a defesa da dignidade da mulher enquanto bem maior. Por isso há que definir as acções a levar a cabo aquando da nova legislação do aborto. Já que o Estado se dispõe a pagar o aborto quer no SNS quer nas clínicas privadas, “que atribua às mulheres um subsídio de valor pelo menos igual ao pago por cada aborto, mais um euro”, sublinha Isilda Pegado, em declarações à Agência ECCLESIA. “Este euro é um valor simbólico e trata-se apenas de estabelecer a diferença”, refere a Presidente da Federação Portuguesa pela Vida. Durante oito anos “fomos descriminadas face a outras realidades do país”, adianta e “queremos que o Estado assuma a maternidade e o apoio à família como uma prioridade”. A natalidade é colocada todos os dias na agenda política, “mas é preciso passar das palavras às acções” e a tanto a área de apoio social e como as instituições “precisam de apoio e financiamento”, refere. O trabalho desenvolvido durante a campanha “superou em muito as nossa expectativas”, aponta Isilda Pegado e acrescenta que “foi criada uma militância em torno da causa da vida que a todos deixou alegremente satisfeitos e com grande expectativa para o futuro”. No pós referendo é possível assistir a uma ampliação da rede nacional da protecção social de apoio às grávidas e às crianças em risco “que se espera que venha a dar passos efectivos nos próximos meses”. Há também estruturas em falta em algumas zonas do país, “que nesta altura se preparam para instalar”. Trabalho este que vêm desenvolvendo há alguns anos. Agora manifestam atenção particular aos próximos passos legislativos que dentro da Assembleia da Republica se vão dar. “Esperamos que seja proposto por quem está no poder uma avaliação das promessas eleitorais manifestando o respeito por tudo o que estipulado em direito de família, e que deverá ter atenção na próxima regulamentação”, aponta Presidente da Federação Portuguesa pela Vida. “Estamos preocupados, a par do Presidente da República que publicamente se manifestou e todos aqueles que assistem a uma confusão que se gerou”. Isilda Pegado regista declarações contraditórias dentro do Partido Socialista. “O líder da bancada diz que não é possível estabelecer nenhuma regulamentação que limite o direito da mulher ao aborto livre, comparando com outros do partido que dizem ser fundamental estabelecer um período de reflexão no sentido da protecção da vida humana e que seja um factor dissuasor da prática do aborto. Há uma clara contradição”. O que é certo é que “vivemos num estado de direito e isto exige o cumprimento de toda a legislação que existe, através do olhar atento daqueles que têm a concessão dos destinos políticos do país”. Se é certo que o Sim teve a maioria dos votos, “também é claro que não foi vinculativo. Por isso é preciso encontrar na legislação elementos que saibam responder a todos os factores”, finaliza.

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