Movimentos em destaque no EMF

Os novos carismas eclesiais estiveram no centro dos trabalhos do Congresso teológico-pastoral a decorrer dentro do Encontro Mundial das Famílias (EMF). Coragem e criatividade foram os principais contributos assinalados. Carl Anderson, Cavaleiro supremo dos Cavaleiros de Colombo, suscitou aplausos entre os participantes do Congresso ao afirmar que “Chegou o momento em que as famílias devem levantar-se”. Anderson foi apresentado pelo Cardeal Bernard Francis Law, Arcebispo emérito de Boston, que indicou que os Cavaleiros de Colombo contam com 1,7 milhões de membros no mundo. “A relação de convivência na família faz com que cada pessoa seja mais humana e mais plenamente pessoa. É uma instituição natural que surge do homem e da mulher. É uma relação inalienável que nasce da realidade humana concreta e não das ideologias”, referiu Carl Anderson. O Cardeal Jaime Ortega, arcebispo de Havana, presidiu ao painel no qual intervieram fundadores e representantes dos principais movimentos leigos eclesiais. “Nestes momentos em que a família se viu ameaçada, não faltou a voz da Igreja para denunciar os perigos ante a actual onda de paganismo”, advertiu o Cardeal cubano. Salvatore Martínez, coordenador da Renovação no Espírito Santo da Itália, indicou que este movimento está presente em 204 países e conta com mais de cem milhões de católicos. Este responsável sublinhou duas iniciativas do seu movimento a favor da família: em Loreto, acolhe e evangeliza famílias, oferecendo vinte cursos de espiritualidade; em Caltagirone, Sicília, nasceu a primeira cidade dedicada aos presos e às suas famílias, onde fazem uma experiência de três anos antes de sair da prisão. O Cardeal Alfonso López Trujillo, presidente do Conselho Pontifício para a Família, ao apresentar Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal, sublinhou que foram a Valência para se encontrar com o Papa nada menos que duzentos mil membros do Caminho. Argüello indicou que o seu movimento tenta “oferecer aos casais uma iniciação cristã, vivendo em pequena comunidade, a imagem da família de Nazaré” e sublinhou a “celebração doméstica da Palavra”, nas famílias neocatecumenais, onde se transmite a fé aos filhos. Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio – realidade eclesial presente em 60 países – centrou a sua exposição no problema da solidão que está presente na sociedade actual. “A vertigem da solidão torna a vida infecunda, e o vivemos cada dia num mundo doente de solidão e sem família”, disse. “A nossa comunidade afirma em todo lugar que não se pode deixar à família só, e que a Igreja é uma família de famílias. Devemos viver a Igreja como família, há uma consubstancialidade entre a família e a transmissão da fé”, acrescentou. Graziella de Luca, do Movimento dos Focolares, apresentou as “Famílias Novas”, “um extenso movimento mundial de matrimónios de todas as culturas, raças, idades e níveis sociais que, graças à espiritualidade da unidade, vêem como se fortalece o seu amor a cada dia”. Redacção/Zenit

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