Movimentos católicos à conquista dos indecisos

«Positivamente Não» aposta numa mensagem clara e serena sobre o aborto Os movimentos e associações de leigos católicos querem assumir o desafio de partir à conquista dos indecisos até ao referendo do próximo dia 11 de Fevereiro. A expansão da dinâmica «Positivamente Não» a todo o país procura, assim, sensibilizar as consciências através de uma mensagem clara e serena. Não estamos perante mais um movimento cívico ao lado dos outros que já existem. A dinâmica “Positivamente” Não dispensa tempos de antena e não recolheu assinaturas., procurando privilegiar o contacto pessoal e as sessões de pequena e média dimensão. Esta movimentação, que pretende desenvolver um esforço de esclarecimento, formação e mobilização dos crentes até ao Referendo, é protagonizada pelas Associações de Médicos e de Enfermeiros Católicos, pelo Movimento das Equipas de Nossa Senhora e pelos Centros de Preparação para o Matrimónio. Para todos os que não estão tão identificados com este dinamismo nascido no Porto, a Internet pode ser um meio privilegiado para o primeiro contacto, através do endereço www.poistivamentenao.com Quinta-feira, a UCP assistiu à sua apresentação, a nível nacional, da mobilização de vários organismos de leigos ligados à pastoral da saúde e da família. Filipe Almeida, coordenador desta iniciativa, frisou a importância de se “dar uma resposta” à pergunta do referendo, como “corolário de um exercício de liberdade. Mary Anne d’Avillez, enfermeira e consultora da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais da Igreja, destacou a “convicção tranquila” com que os leigos católicos se procuram mobilizar pela causa da vida, defendendo que “queremos investir na construção de uma sociedade solidária” e não empurrar a mulher “para uma solução que só aparentemente é a mais fácil”. Cristina Marques, da Pastoral da Família em Lisboa, falou de uma “onda mobilizadora” dos que não querem voltar as costas às “mulheres em dificuldades”. Na sua reunião mensal de 9 de Janeiro, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa manifestou o seu apoio a esta iniciativa e, inclusivamente, recomendou o folheto “10 semanas, 10 perguntas: Um Exercício de Amor”, produzido pela Dinâmica Positivamente Não. O folheto e a Declaração “Somos Responsáveis por Nós e pela Família Humana” são os dois instrumentos de que esta Dinâmica se serve para atingir os fins a que se propõe. Perante a “dificuldade para reflectir sobre o que está em causa”, cada Diocese procurará concretizar dinamismos próprios para a sensibilização sobre as questões ligadas ao aborto. Católicos pelo Sim? O Pe. Vítor Feytor, Coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, foi taxativo ao afirmar que “ser cristão é ser defensor da vida”, deixando críticas aos que rompem com a Igreja “em nome de Cristo”. Segundo este responsável, vivemos um tempo de “opção” que exige clareza na apresentação das razões pelo “Não”. Nesse sentido, pediu aos cristãos maior “capacidade de intervenção”, com particular aposta nos “contactos pessoais”. “E urgente a sensibilidade para ajudar os indecisos”, assinalou. Filipe Almeida lançou um alerta para a necessidade de mobilização perante a possibilidade de “interromper a vida” sem quaisquer limites, colocando o embrião até às 10 semanas num “tempo de definição absolutamente arbitrários. Os principais protagonistas desta mobilização deixaram uma certeza: continuarão a mobilizar-se depois do referendo, em defesa da vida, tal como o tinham feito antes.

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