“Os sinais da morte” são o tema do seminário sobre a morte clínica, ontem inaugurado no Vaticano, reunindo 30 especialistas de todo o mundo. A organização é da Academia Pontifícia das Ciências, que procura debater um tema de “grande actualidade, que interpela a comunidade científica e não só para definir o momento exacto da morte”. De facto, o momento da morte tem implicações, por exemplo, no transplante de órgãos ou no prolongamento artificial da vida. Estas e outras questões são discutidas há mais de 20 anos na referida Academias, por causa das suas consequências médicas, teológicas, éticas e jurídicas. Paolo Maria Rossini, neurólogo, explicou à Rádio Vaticano que estas questões “são um elemento da medicina moderna, dado que há 50 anos não havia o problema de definir um sujeito em que o coração ainda bate, mas cujo cérebro está morto”. “A discussão destes dois dias centra-se em verificar se, a nível científico internacional, há um acordo definitivo sobre princípios gerais e em verificar a visão da ciência moderna com a da ética moderna”, adiantou.