O número de crianças que morre em todo o mundo antes de completar 5 anos caiu para menos de 10 milhões no ano de 2006, algo inédito na história recente, indica um relatório da ONU divulgado esta Segunda-feira. O documento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) atribui o progresso registado aos avanços no campo da saúde. A directora da Unicef, Ann Veneman, afirma em comunicado que “ainda há muito a fazer”, apesar das melhorias verificadas. Entre 1990 e 2004 mais de 1,2 mil milhões de pessoas conseguiram acesso a água potável. Além disso, entre 1996 e 2000 cresceram significativamente os números que dizem respeito ao aleitamento nos países em vias de desenvolvimento. O relatório alerta para o facto de subsistirem problemas como a morte de 500 000 mulheres por ano por complicações durante a gravidez, metade delas na África subsaariana. O estudo também encontrou níveis alarmantes de falta de saneamento, higiene e água potável, que contribuem para a morte de mais de 1,5 milhões de crianças a cada ano. Também esta Segunda-feira foi revelado que a mortalidade infantil em Portugal atingiu o ano passado o valor mais baixo de sempre: 3,3 óbitos em cada mil nascimentos. “A nossa mortalidade infantil desceu uma décima de 2005 para 2006, quando se pensava que era quase impossível baixá-la ainda mais”, afirmou Correia de Campos durante a cerimónia de apresentação da inclusão da vacina contra o vírus que causa cancro do colo do útero, que decorreu na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.