Monopólio na educação é um «erro trágico»

D. Maurílio de Gouveia presidiu a missa na Sé do Funchal durante peregrinação das relíquias de São João Bosco

Funchal, Madeira, 31 ago 2012 (Ecclesia) – D. Maurílio de Gouveia, arcebispo emérito de Évora, disse hoje no Funchal que o monopólio na educação, por parte do Estado, é um “erro trágico” que põe em causa o futuro da sociedade “democrática e progressiva”.

O prelado madeirense falava na sé local, durante a missa que assinalou o encerramento da primeira etapa da peregrinação das relíquias de São João Bosco, fundador dos Salesianos, por Portugal.

O antigo responsável deixou votos de que “os Estados que indevidamente centralizam e monopolizam o ensino reconheçam o princípio fundamental da liberdade de educação e de ensino”.

Na sua homilia, o arcebispo emérito de Évora destacou o apostolado educativo do padre [‘don’, como é popularmente conhecido] italiano João Bosco (1815-1888) como um “pai e mestre da juventude”, cujo “método preventivo” continua atual.

“Que ele nos ajude a formar nos nossos dias personalidades cristãs e humanamente evoluídas, esclarecidas e sólidas, capazes de resistir a um ambiente destruidor dos valores fundamentais”, pediu o prelado, citado pela edição online do ‘Jornal da Madeira’.

Neste contexto, D. Maurílio de Gouveia considerou que “onde não há obstáculos levantados pelos governos, as escolas e institutos educativos pertencentes à sociedade Salesiana manifestam sempre uma invulgar eficácia”.

A réplica da urna com restos mortais do fundador dos Salesianos segue hoje para Mirandela, no nordeste transmontano, com passagem pela Sé de Bragança-Miranda, no dia seguinte.

As relíquias viajam depois para Vila Real e Poiares, e na quarta-feira vão ser recebidas na Catedral de Viana do Castelo, onde o bispo diocesano, D. Anacleto Oliveira, preside a uma missa.

Na quinta-feira, o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, celebra eucaristia no Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, e na mesma noite a urna chega ao Porto, cidade onde fica até sábado, depois de ter sido exposta na sé.

As etapas seguintes da veneração às relíquias passam por Arcozelo, Mogofores e Ponte de Vagos, antes do acolhimento na Sé de Setúbal, a 10 de setembro.

A partir de 11 de setembro a urna é exposta em Cascais, Estoril, Monte Estoril e Manique, seguindo depois para Lisboa, onde às 09h30 do dia 14 é recebida com um cortejo na praça de São João Bosco, antes de entrar nas Oficinas de São José.

O cardeal-patriarca e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Policarpo, preside no dia 15 a uma missa no Mosteiro dos Jerónimos, às 16h00.

A despedida da capital é assinalada às 12h15 de 16 de setembro com uma eucaristia nas Oficinas de São José, celebrada por D. Joaquim Mendes, um dos bispos auxiliares de Lisboa e religioso salesiano.

Vendas Novas recebe as relíquias na tarde do dia 16 e na manhã seguinte a urna é transportada para junto do Templo de Diana, em Évora, onde decorre a cerimónia de acolhimento na cidade.

O arcebispo eborense, D. José Alves, preside às 17h00 de 17 de setembro a uma missa na catedral e na tarde do dia 18, pelas 16h00, realiza-se a cerimónia de encerramento da passagem das relíquias em Portugal, refere o site da peregrinação.

JM/RJM/OC

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