Mongólia: Visita do Papa «ajudará os fiéis católicos» a sentirem-se «no coração da Igreja», destaca D. Giorgio Marengo

O mais jovem membro do Colégio Cardinalício apresenta uma «comunidade pequena, mas muito viva»

Mongólia: Cardeal Giorgio Marengo com fiéis em Ulaanbaatar

Cidade do Vaticano, 31 ago 2023 (Ecclesia) – O prefeito apostólico de Ulaanbaatar (Mongólia) disse que é “uma graça especial e uma grande honra” receber a visita do Papa Francisco, entre 1 e 4 de setembro, que “ajudará os fiéis a se sentirem no coração da Igreja”.

“Acredito que, acima de tudo, ajudará os fiéis católicos da Mongólia a se sentirem verdadeiramente no coração da Igreja. Para nós, que vivemos geograficamente em uma área muito periférica do mundo, a presença do Papa fará com que nos sintamos não distantes, mas próximos, no centro da Igreja; ter o sucessor de Pedro entre nós é um dom imenso”, disse D. Giorgio Marengo.

O portal ‘Vatican News’ informa que a Mongólia tem cerca de três milhões e meio de habitantes, num território de mais de um milhão e meio de quilómetros quadrados, e, segundo o prefeito apostólico de Ulaanbaatar, a Igreja Católica tem “uma comunidade pequena, mas muito viva”.

“Um rebanho muito pequeno, de mil e quinhentas pessoas batizadas, reunidas em oito paróquias e uma capela. Cinco estão na capital e as outras em áreas mais remotas”, contabilizou o responsável.

O cardeal italiano explicou que 70% das atividades da Igreja são “projetos de promoção humana integral”, da educação à saúde, “incluindo o cuidado com as pessoas mais frágeis”, também se preocupa com a vida de fé, que é realizada através do pré-catecumenato, do catecumenato, da vida litúrgica e da catequese contínua.

“É um trabalho pastoral que procura, acima de tudo, a qualidade da escolha de fé das pessoas. Somos ajudados por cerca de 70 missionários: 25 padres, cerca de 30 irmãs e um bom grupo de leigos; dois padres locais, são os únicos, mas tenho certeza de que aumentarão com o tempo”, acrescentou D. Giorgio Marengo.

Segundo o missionário da Consolata, o “primeiro, o mais importante”, desafio da Igreja Católica na Mongólia “é viver de acordo com o Evangelho”, e o “grande desafio” de toda comunidade é ser discípulos e missionários, uma consistência de vida que se traduz na “necessidade de um enraizamento cada vez maior na sociedade mongol”, outro desafio “é o da inculturação”, e ainda o de “formar catequistas locais, agentes pastorais” e o clero.

A maior parte da população declara-se budista, há importantes grupos religiosos islâmicos e xamânicos, por isso, o “diálogo inter-religioso sempre marcou a experiência da Igreja”, que também se encontra numa “situação de absoluta necessidade de relações com os fiéis de outras tradições religiosas”.

“Nos últimos anos intensificou-se a tal ponto que os encontros entre líderes religiosos, que costumavam ocorrer anualmente, são organizados a cada dois meses. Essas reuniões, em Ulaanbaatar, servem para nos conhecermos melhor e partilharmos as nossas trajetórias de vida”, assinalou o prefeito apostólico.

Esta visita do Papa à Mongólia, segundo D. Giorgio Marengo, também vais ser “importante para o fortalecimento das relações” entre a Santa Sé e o Estado da Mongólia, “que já são boas”,

“Os primeiros contactos entre os Papas e os imperadores mongóis já existiam no século XIII; Idealisticamente, pode ser ligada a um evento, há oitocentos anos, quando o Papa Inocêncio IV enviou o frade Giovanni da Pian del Carpine como seu mensageiro de paz aos mongóis que estavam às portas da Europa”, assinalou, lê-se no ‘Vatican News’.

‘Esperar juntos’ é o tema da 43ª viagem apostólica de Francisco, de 31 de agosto a 4 de setembro; o Papa recebeu em 2022 uma delegação do governo mongol, que fez o convite oficial para visitar o país asiático.

No consistório de 2022, o Papa Francisco criou cardeal o prefeito apostólico de Ulaanbaatar, D. Giorgio Marengo, de 49 anos, que é o mais jovem membro do Colégio Cardinalício.

O Papa Francisco, na tarde desta quarta-feira, foi à Basílica de Santa Maria Maior, “onde, como de costume, se deteve em oração diante do ícone da Virgem Salus Populi Romani, confiando-lhe a sua próxima Viagem Apostólica à Mongólia”, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé, divulga o portal de notícias do Vaticano.

CB

 

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