Ação durante os próximos cinco anos quer levar «normalidade» às crianças e famílias atingidas pelo ciclone Idai
Lisboa, 25 mar 2019 (Ecclesia) – As fundações católicas Fé e Cooperação (FEC) e Gonçalo da Silveira (FGS), juntamente com a ONG VIDA, estão a preparar um programa de intervenção pós-emergência em Moçambique, para levar “normalidade” às crianças e famílias afetadas pelo Ciclone Idai.
Na informação enviada à Agência ECCLESIA, as três organizações portuguesas informam que querem agir “numa fase posterior à intervenção de emergência e socorro” na província de Sofala, ao longo dos próximos cinco anos, em estreita articulação com a Cooperação Portuguesa.
A FEC, FGS e VIDA visam “contribuir para a reconstrução” das mais de 600 salas de aula que ficaram destruídas depois da passagem do Ciclone Idai e “garantir” o regresso à escola de 14 mil crianças.
As estimativas, acrescentam, apontam para que 48% dos afetados sejam crianças que “ficaram sem acesso a estruturas escolares”, seja porque as escolas “foram destruídas” ou porque estão “a servir como centros de abrigo e acolhimento”.
A primeira fase de intervenção, com a duração de seis meses, pretende apoiar a “reconstrução de espaços de acolhimento” de crianças e das suas famílias, de estruturas temporárias de ensino (tendas provisórias) e distribuição de kits escolares, nos distritos da Beira e Búzi.
O comunicado informa também que a FEC, a FGS e a VIDA, através da sua presença no local e em articulação com os parceiros e autoridades da região, vão fazer um levantamento no terreno para identificar as necessidades de infraestruturas escolares e de saúde e apresentar “a resposta pós-emergência integrada para os próximos cinco anos”.
A Fundação Gonçalo da Silveira criou a conta de emergência ‘Ajuda a Moçambique’ para apoiar a reconstrução das escolas e outras infraestruturas:
Conta: FGS Emergência Moçambique 2019 Nº de conta: 000 10 591814-8 IBAN: PT50 0036 0000 9910 5918 1487 7 |
Para além de Moçambique, o Ciclone Idai atingiu mais dois países de África – Zimbabwe e Malawi – e afetou pelo menos 2,8 milhões de pessoas, contabilizam as organizações internacionais.
Este domingo, no país lusófono o número de pessoas afetadas pela catástrofe natural subiu para 531.000, o número de mortos para 446, no Zimbabwe foram contabilizadas 259 e as autoridades do Malawi registaram 56 mortos.
CB