Moçambique: Organizações católicas portuguesas cooperam na capacitação da rede de Educação no Niassa

Projeto Othukumana/Juntos II

Lisboa, 21 fev 2018 (Ecclesia) – A Diocese de Lichinga, na Província do Niassa, em Moçambique, está a reforçar as capacidades da Rede de Educação Pré-Escolar com a parceria dos Leigos para o Desenvolvimento e da Fundação Fé e Cooperação no projeto ‘Othukumana/Juntos II’.

Em declarações à Agência ECCLESIA, Joana Peixoto, da Fundação Fé e Cooperação (FEC), que viaja esta tarde para Moçambique, explica que no terreno vai ter a responsabilidade da “formação prática e do acompanhamento dos monitores”.

A Educadora de Infância para além da formação teórica vai também acompanhar a “implementação prática” para perceberem juntos “o que faz mais sentido” e como podem “construir mais” na implementação da segunda fase do projeto ‘Othukumana/Juntos’, que termina em 2020.

Na Diocese de Lichinga, Joana Peixoto vai encontrar dois missionários dos Leigos para o Desenvolvimento (LD) que já estão em Moçambique desde 2017, o  projeto ‘Othukumana II’ começou em setembro.

Já a gestora de projetos de Angola e Moçambique da FEC contextualiza que o objetivo do projeto é o “melhoramento da qualidade e do acesso à educação pré-escolar” nas regiões da província do extremo noroeste do país africano.

Ana Isa das Neves assinala que para um projeto de cooperação para o desenvolvimento dois anos “é pouco tempo” e “não é possível consolidar os mecanismos de apropriação e sustentabilidade”.

Sobre a primeira fase, que decorreu entre 2015-2017, recorda que a avaliação foi “extremamente positiva” com “as pessoas motivadas, os beneficiários e os parceiros no terreno”.

Esq-dta: Luísa Trindade, Joana Peixoto e Ana Isa das Neves

Por sua vez, a gestora de projetos de Angola e Moçambique dos LD, destaca também como fator positivo a visita às escolas e a “preocupação em envolver os jardins-de-infância” do novo responsável pela Comissão Diocesana de Educação de Lichinga.

Para Luísa Trindade demonstra, “claramente, uma aposta” no projeto e percebem que a educação da primeira infância “tem de se privilegiar no Niassa”, uma das regiões “onde existe esta experiência” em Moçambique onde educação pré-escolar “não é obrigatória”.

O projeto “Othukumana”, ou seja “juntos”, da diocese católica moçambicana em números envolve, por exemplo, 1500 crianças, 93 agentes educativos, 15 coordenadores, cinco supervisores das Escolinhas Comunitárias do Niassa, 11 membros da Comissão Diocesana da Educação, 25 quadros da Direção Provincial de Género, Criança e Ação Social e 3 mil pais e Encarregados de Educação.

Luísa Trindade contextualiza que os Leigos para o Desenvolvimento estão no Niassa, “desde o tempo da guerra”, onde começaram um projeto de gestão de Escolas Comunitárias, que “foi tendo várias fases e número de escolinhas” até cerca de 2013 quando foi necessário um parceiro que “ajudasse a implementar a componente pedagógica”.

Com várias entidades e parceiros, para além das duas organizações não governamentais católicas para o desenvolvimento, destaca-se também assessoria de “validação técnica, pedagógica e cientifica” da Escola Superior de Educação Paula Frassinetti do Porto no projeto ‘Othukumana/Juntos II

CB

 

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