Governo português financia cinco consórcios de ONGD com fundo de apoio à recuperação e reconstrução das regiões afetadas pelos ciclones em 2019
Lisboa, 10 jan 2020 (Ecclesia) – O Governo português anunciou o apoio a cinco consórcios de ONGD para projetos de apoio à recuperação e reconstrução das regiões de Moçambique, afetadas pelos ciclones em 2019.
As candidaturas vão ser financiadas através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, para dar continuidade na reconstrução do país após a passagem dos ciclones Kenneth e Idai, em março do último ano.
Entre os cinco projetos está uma parceria que junta a Oikos Portugal, a Cáritas Portuguesa, Cáritas Moçambicana e a ADPM – Associação de Defesa do Património de Mértola, que vão trabalhar em Sofala e em Cabo Delgado no apoio à recuperação do setor agrícola como “forma de contribuir para a segurança alimentar das populações mais afetadas pelos ciclones”.
O projeto vai apoiar mais de 22 500 pessoas durante 2 anos, assinala um comunicado enviado
“A intervenção, desenvolvida em consórcio sob a coordenação da Oikos, contribui para uma rápida recuperação produtiva das famílias mais afetadas, que lhes permita, de forma autónoma e sustentável, assegurar a satisfação das necessidades alimentares e nutricionais do agregado familiar”, indica a nota das organizações promotoras.
A intervenção estará ainda “fortemente orientada para o trabalho de prevenção de catástrofes, para que as comunidades estejam mais bem preparadas para responder aos impactos futuros de desastres naturais”.
O financiamento será do Fundo de Reconstrução para Moçambique acionado pelo Governo Português, através do Camões, I.P.
“Após análise ponderada, de acordo com os critérios estabelecidos e considerando a verba disponível, foram selecionados os 5 projetos plurianuais, correspondendo o valor aprovado a 1 951 423,22 euros”, adianta a instituição.
Outro dos projetos é liderado pela Fundação Fé e Cooperação (FEC), ONGD ligada à Conferência Episcopal Portuguesa, num consórcio formado pela ONG VIDA e a Fundação Gonçalo da Silveira, tendo como parceiros a Arquidiocese da Beira e a Direção Distrital de Educação da Beira, para dinamizar o projeto ‘Somos Moçambique II’ que vai incidir na Cidade da Beira, nas áreas da saúde e da educação.
A verba de 399 488 euros, “permitirá dar continuação ao trabalho iniciado na Beira com o projeto ‘Somos Moçambique’ – de apoio à reconstrução de espaços de acolhimento de crianças e suas famílias afetadas pela catástrofe natural do ciclone, através de um acompanhamento técnico prestado às crianças nos distritos da Beira e Búzi”, explica a FEC.
O consórcio formado pela HELPO e a TESE – Associação para o Desenvolvimento, vai dinamizar o projeto RESPI – Reconstrução e resiliência nas estruturas de saúde e população pós-Idai na região do Dombe, tendo como parceiros a Direção Provincial de Saúde de Manica, a empresa Mozambikes e o Instituto das Pequenas Missionárias da Maria Imaculada.
No último Natal, a campanha solidária da Cáritas Portuguesa, “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz”, teve com destina internacional as vítimas do Idai, em Moçambique.
OC