Povo anseia por «desenvolvimento», realça porta-voz da Conferência Episcopal
Cidade do Vaticano, 16 jan 2015 (Ecclesia) – A Igreja Católica de Moçambique espera que o novo presidente do país, Filipe Nyusi, contribua para a consolidação da “paz” e da “justiça” naquele território africano.
Em declarações recolhidas pela Rádio Vaticano, o porta-voz da Conferência Episcopal Moçambicana, D. João Carlos Nunes, realçou o momento “significativo” que a nação lusófona atravessa, com esta nova liderança, e pediu o empenho de Filipe Nyusi para que Moçambique “não volte a experimentar a guerra”.
Para o bispo auxiliar da Diocese de Maputo, os primeiros sinais dados pelo novo presidente, que tomou posse esta quinta-feira, têm sido “encorajadores” e abrem boas perspetivas para que as pessoas possam finalmente ver chegar um período de estabilidade e de “desenvolvimento”, que tem sido tão “retardado”.
Filipe Jacinto Nyusi, da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) foi eleito em outubro de 2014, substituindo no cargo Armando Guebuza, do mesmo partido, que esteve à frente de Moçambique durante 10 anos.
O novo chefe de Estado salientou que “o povo será o seu único e exclusivo patrão” e mostrou-se empenhado em dar início a “uma nova etapa” na nação lusófona.
Do lado da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), o principal partido da oposição, registo para a ausência do líder Afonso Dhlakama, que não participou na cerimónia de tomada de posse de Filipe Nyusi.
Recorde-se que a Renamo alegou a existência de várias irregularidades no processo eleitoral do novo presidente, que acabaram no entanto por ser rejeitadas pelo Conselho Constitucional moçambicano.
RV/JCP