Cáritas Portuguesa vai apoiar um conjunto de quatro mil agregados familiares



Lisboa, 03 mar 2019 (Ecclesia) – A ‘Caritas Internationalis’ vai promover o apoio direto a 27 500 pessoas em Moçambique, com um orçamento de 730 mil euros, na fase “apelo de emergência” (EA–Emergency Appeal), o passo seguinte na resposta da confederação católica.
“Esta resposta define uma estratégia de ação para a rede internacional, onde está incluída a Cáritas Portuguesa, até julho de 2019, nas Dioceses da Beira (Sofala), Chimoio (Manica) e Quelimane (Zambezia)”, informa a organização, em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
A Cáritas Portuguesa refere que “já respondeu a este apelo”, ativando de imediato o Fundo de Emergências Internacionais e vai apoiar “um conjunto de quatro mil agregados familiares”, através da campanha ‘Cáritas Ajuda Moçambique’, que já disponibilizou a verba de 86 335,43 euros.
A confederação internacional da Cáritas coordena todas as operações de auxílio no terreno, em parceria com a sua congénere moçambicana, desde a passagem do Ciclone Idai que atingiu a região central do país lusófono, a 14 de março.
 “Ainda estamos vivos”, afirma Isabel Daniel, num testemunho divulgado pela conta da Caritas Internationalis no ‘Twitter’.
“Ainda estamos vivos”, afirma Isabel Daniel, num testemunho divulgado pela conta da Caritas Internationalis no ‘Twitter’.
A mulher, de 28 anos, esteve de cinco dias no telhado de um prédio, a segurar os filhos, que não sabem nadar, com medo que caíssem à água.
Já foram entregues kits alimentares a 2220 famílias e as principais necessidades às quais a Cáritas procura dar resposta são alimentação, água, artigos de higiene, redes mosquiteiras, equipamentos de cozinha e de abrigo.
A Cáritas Portuguesa contextualiza que o acesso a algumas das zonas afetadas pelo ciclone continua “a ser muito limitado”, “apesar das comunicações estarem a ser repostas”.
Neste contexto, divulga que “598 pessoas morreram e cerca de um milhão de pessoas foram afetadas”, perto de “80 mil casas destruídas”, inúmeras infraestruturas, 131 mil pessoas estão nos 136 centros de acolhimento temporário, segundo o boletim do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique (INGC), desta terça-feira, 2 de abril.
CB/OC
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