Padre António Lopes desvaloriza falta de centros missionários diocesanos e diz que missão arranca agora
Lisboa, 18 out 2019 (Ecclesia) – O diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias desvaloriza o facto de nem todas as dioceses portuguesas terem criado centros missionários, respondendo ao desafio dos bispos portugueses para este ano e prefere falar em processos com diferentes ritmos.
“Somos um país pequeno com 21 dioceses e é a primeira vez que temos um tema comum, que não é ideológico e teórico, mas prático. A sua originalidade está aqui”, avança o responsável à Agência ECCLESIA.
O Ano Missionário, proposto pela Conferência Episcopal Portuguesa para nortear a pastoral de 2018-2019 com o lema «Tudo, todos e sempre em missão», encerra este domingo, dia 20 em Fátima.
O responsável afirma que mesmo sem uma estrutura criada, o desafio foi “aceite”.
“Está aceite, mesmo que não presente em todas as dioceses. Não sou dos que quer tudo ao mesmo tempo, as coisas vão caminhando e a cada paróquia e diocese tem o seu ritmo. A missão é um processo”, esclarece, sem no entanto deixar pistas.
“Naturalmente que gostava que nas paróquias existissem os grupos paroquiais missionários, mas encerra-se uma etapa na missão, que se trata de um ponto de chegada e de partida”, indica o responsável.
Em cada diocese está nomeado, “pelo bispo diocesano”, um diretor da OMP, existindo ainda institutos missionários, que trabalham com os diretores diocesanos.
“Não estamos a fazer um trabalho paralelo”, sublinha o padre António Lopes, missionário do Verbo Divino, diretor das OMP desde 2011.
O encerramento do ano missionário será também um ponto de arranque para futuras ações, acredita o padre António Lopes pois, afirma, “a missão nunca termina”.
“Através dos centros diocesanos ou com o bispo e presbitério, é importante avaliar-se, perceber se foi importante este ano, se teve ou não influência na pastoral”, avança.
Sobre a dinâmica missionária o padre António Lopes afirma que se trata sempre de iniciativas “não isoladas” e que marcam a vida das comunidades bem como o diálogo e abertura da Igreja.
“A missão nunca acontece por iniciativa própria, mas porque alguém nos envia. Acontece com qualquer missionário e isso é um dinamismo paroquial que fica. A missão tem uma abertura, numa atitude dialogante e com respeito”, regista.
O ano missionário, convocado pela Conferência Episcopal Portuguesa termina este domingo, em Fátima, com uma peregrinação nacional presidida por D. Manuel Clemente.
O Papa Francisco indica o presente mês de outubro como extraordinário para a missão; em Portugal desde 2008, decorrente do Congresso Missionário, o mês de outubro é dedicado às missões.
A entrevista ao padre António Lopes vai ser emitida no programa de rádio na Antena 1 do próximo domingo dedicado às missões.
LS