Missões: Anúncio do cristianismo ajuda Igreja a ser «despojada de poder» e a centrar-se na «opção pelos mais pobres»

Geminações e voluntariado devem envolver crianças, jovens, adultos e idosos, salientam conclusões das Jornadas Missionárias

Fátima, Santarém, 17 set 2012 (Ecclesia) – O anúncio do cristianismo em territórios onde ainda não chegou ou está a implantar-se contribui para que a Igreja se torne mais próxima dos desfavorecidos e deixe de acentuar a autoridade, sublinham as conclusões das últimas Jornadas Missionárias.

O documento final do encontro realizado entre sexta-feira e domingo em Fátima salienta que “a Missão hoje ajuda a construir uma Igreja testemunha do Evangelho, despojada de poder, assente no diálogo e na opção pelos mais pobres”.

“Iniciativas como as geminações, voluntariado missionário, missões populares devem envolver crianças, jovens, adultos e idosos”, refere a nota, acrescentando que a abertura a outras pessoas impede a “asfixia” das comunidades católicas.

No encontro dedicado ao tema “Vaticano II, 50 anos, Missão, Memória e Profecia”, que contou com a presença de 300 pessoas, foi sugerido que o domingo em que as jornadas anuais terminam se torne “progressivamente a Peregrinação Nacional da Missão”.

A nota lembra que Joseph Ratzinger, atual Papa Bento XVI, foi um dos autores do decreto “Ad Gentes”, documento “ousado” sobre a missão aprovado no Concílio Vaticano II (1962-1965), que em Portugal encontra a melhor aplicação na Carta “Como Eu vos fiz, fazei vós também”, publicada pelo episcopado em 2010.

As próximas Jornadas Missionárias Nacionais decorrem de 20 a 22 de setembro de 2013, adianta o comunicado.

RJM

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