Missão de Verão

Iniciativas católicas viradas para a acção missionária e junto dos mais desfavorecidos procuram seduzir os mais novos em tempo de férias São dias diferentes os que se querem oferecem a adolescentes e jovens, por ocasião do tempo de férias: campos de férias, semanas missionárias e muitos mais nomes para tantas iniciativas que querem proporcionar experiências de convívio e serviço. Em declarações ao Programa Ecclesia, o Pe. Tony Neves, coordenador dos Jovens sem Fronteiras (ligados aos missionários Espiritanos), explica que a ideia de fundo nestas iniciativas é fomentar o espírito missionário entre as novas gerações, “dando continuidade a um programa que se constrói durante o ano”. Os JSF promovem iniciativas no nosso país e em países de missão, procurando oferecer experiências missionárias “no terreno”. Neste caso, só participam nas actividades quem demonstrou assiduidade, ao longo do ano, no seu grupo local. O trabalho, em Bragança ou no Algarve, passa por parceiras com as paróquias, ao longo de 10 dias, desde a animação litúrgica-pastoral e o trabalho com os jovens ao trabalho com idosos e com crianças que não têm oportunidade de fazer férias. Experiência diferente decorre no bairro social da Fonte da Prata, perto de Alhos Vedros. A Ir. Rita Cortez, das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, fala dos campos de férias que são oferecidos a crianças e jovens desfavorecidos “com quem estamos durante todo o ano”. “Procuramos de uma forma lúdica, recorrendo ao imaginário dos miúdos – este ano os campos tiveram o tema do Shrek -, procuramos trabalhar valores como a amizade, a paz, o respeito pela diferença”, refere. Os participantes neste campo de férias são provenientes de famílias com dificuldades económicas, desorganizadas e desestruturadas, “que nunca teriam esta semana de férias” em circunstâncias normais. Susana Canhoto, secretária da Juventude Hospitaleira (ligada aos seguidores de São João de Deus), fala dos “campos missionárias” promovidos pela organização, que visa “preparar os jovens que tencionam partir em missão” rumo a Timor ou Moçambique. Estas iniciativas, para pessoas dos 15 aos 30 anos, decorrem em Casas de Saúde junto de deficientes e doentes mentais. Durante 10 dias, os participantes são chamados a “conhecer uma realidade diferente” do dia-a-dia. Falar em férias, nestas circunstâncias, poderia parecer paradoxal, mas Susana Canhoto não tem dúvidas: “Os jovens gostam de coisas diferentes, originais, radicais”. É isso que se pretende oferecer com estes dias de formação, oração, convívio e serviço, aprendendo a conhecer a realidade da doença mental e a crescer em grupo.

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