Miranda do Corvo: Plataforma de Apoio alerta que situação dos refugiados sírios «não é isolada»

Instituição pediu a entidades do Governo que retomem reuniões do Grupo Interministerial

Lisboa, 14 nov 2018 (Ecclesia) – A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) afirmou hoje que os “cortes de eletricidade e água” a três famílias de refugiados sírios em Miranda do Corvo “não é uma situação isolada”.

“É urgente encontrar soluções coerentes e integradas que não se limitem à emergência caso-a-caso”, lê-se num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

A luz e a água das casas onde viviam três famílias refugiadas foram cortadas por falta de pagamento, em Miranda do Corvo; Oriundas da Síria, as famílias foram acolhidas ao abrigo de um programa de apoio da Fundação Assistência para o Desenvolvimento e Formação Profissional (AFFDP).

Alertando para a “gravidade e extrema urgência da situação”, a Plataforma de Apoio aos Refugiados pretende que se assegure a “articulação dos agentes envolvidos sob as mesmas pautas de ação”, sob pena de se criar um problema maior de desigualdade e dispersão de esforços.

A plataforma de instituições da sociedade portuguesa reitera a “necessidade de se uniformizar e rever o modelo de integração” de refugiados em Portugal, “retomando as reuniões do Grupo Interministerial” criado para articular as respostas das entidades públicas e privadas envolvidas e definir um plano de ação para este processo.

Neste contexto, a PAR solicitou hoje uma “reunião de urgência” com o Alto Comissariado para as Migrações (ACM), o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e a secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade, para que sejam retomadas as referidas reuniões.

“Desde dezembro de 2017 que não são organizadas reuniões interministeriais de articulação de respostas entre as entidades envolvidas na integração de refugiados”, indica o comunicado.

Desde outubro, que o diretor-geral do JRS – Serviço Jesuíta aos Refugiados, André Costa Jorge, assumiu a coordenação da Plataforma de Apoio aos Refugiados sucedendo a Rui Marques, diretor do IPAV – Instituto Padre António Vieira.

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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