“Nota-se um esforço de encontrar novas linguagens nos aspectos celebrativos” – disse à Agência ECCLESIA D. Januário Torgal Ferreira, Bispos das Forças Armadas e de Segurança, que acompanhou a delegação portuguesa na Peregrinação Militar Internacional ao Santuário de Lourdes (França). De 10 a 15 de Maio, cerca de quatro centenas de militares portugueses foram àquele santuário mariano. “Houve fé, som e cor” – refere D. Januário Torgal Ferreira. Com militares dos quatro cantos do mundo, os momentos mais emblemáticos foram a procissão de velas, a celebração de Domingo e a cerimónia musical do «Adeus, até para o ano». Este ano, o número de peregrinos foi mais reduzido. “As condições económicas da Europa e a diminuição das forças militares nos vários países” explicam esta diminuição. Por outro lado – acentua o bispo das Forças Armadas e de Segurança – muitos militares estão a “resguardar-se para a próxima visto que será a 50ª peregrinação internacional”. E avança: “muitos gostariam que estivesse o Papa Bento XVI mas deverá estar um legado pontifício”. Este ano, as cerimónias de Fátima coincidiram com a peregrinação dos militares. “Foi pura coincidência mas teremos a nossa peregrinação ao nacional ao Santuário de Fátima no final deste mês” – frisou. O culminar de uma “etapa de trabalho” é a peregrinação nacional. Presidida pelo bispo das Forças Armadas Francesas, esta peregrinação tinha como tema «Reconciliai-vos». Aos milhares de peregrinos, o presidente pediu-lhes para “serem evangelizadores no seu meio profissional”. Os militares portugueses ficaram “muito sensibilizados” com a presença de altas patentes nas outras delegações – referiu. No encerramento da peregrinação, ao enviar os militares, o bispo francês disse: “dou-vos a paz mas não é aquela paz que o mundo dá”. Os acordos de paz – tanto bilaterais como multilaterais – são importantes mas a “mentira e os interesses económicos continuam a dominar” – disse D. Januário Torgal Ferreira. “A paz não busca o petróleo. A paz tem o centro no evangelho” – finaliza.